Sessão de Mesa do dia 15 de Julho de 2017.


Mensagem de Dona Magdalena em sessão de Mesa do dia 15 de Julho de 2017.

Muito boa tarde a todos.
Boa tarde a todos aqueles que já me conhecem.
Boa tarde a todos que desejam maior aproximação.
Boa tarde a todos que neste momento se encontram debaixo de nosso teto.
Boa tarde a todos que se encontram aqui de boa vontade.
Boa tarde a todos que vêm movidos pela curiosidade.
Boa tarde a todos que aqui estão; independente dos motivos pelos quais aqui chegaram.

Que seja esta tarde uma tarde proveitosa, uma tarde onde se encontre um pouco da paz que o mundo precisa, nos afastando-se da atribulação e da violência e buscando assim a sintonia com o que há de bom.

Com a permissão de nossa cúpula, mais uma vez me apresento, para a direção dos trabalhos de mesa. É Dona Magdalena que vos fala.

Falemos hoje sobre a simplicidade que a Umbanda requer, da simplicidade e do quanto o seu trabalho se aproxima dos ensinamentos cristãos enquanto na sua característica do não julgamento.  Sim, o ritual de Umbanda nasceu para todos e a todos acolhe, seja na condição de encarnados ou de desencarnados. Acolhe simplesmente porque sabe que em cada ser humano repousa a oportunidade de sua melhora e de seu progresso.  Porque sabe que de toda criatura pode vir a boa vontade, o carinho e  o amor, basta que seja incentivada.  Independente de reconhecer que existe o lado bom de toda criatura, também a Umbanda sabe que lado a lado, com o que o homem tem de bom, existe também sementes que podem também gerar o vicio, o ócio, a vaidade, a preguiça e todo seu lado sombrio. Tal qual o lado bom, o lado ruim basta que seja insuflado e alimentado para eclodir. Apesar disso tudo seguimos investindo e acreditando no que o homem tem de bom para oferecer a si e a seu mundo.

Assim como um lago, sereno, belo, onde de manhã brilham os raios do sol e à noite reflete a luz da lua. Assim como o lago que pode aplacar a fome dos que nele pescam, o lago que pode trazer repouso e bem estar aos que ele contemplam; no fundo do lago existe o lodo, existem as impurezas que descem ao fundo. Da mesma forma é o ser humano; assim como tem a beleza dentro de si, também tem o lado sombrio que assim como o lodo do lago, se mexermos nele turva toda água. Da mesma forma são os sentimentos enganosos do ser humano que lhe turvam a alma quando excitados.

Assim como reconhece que o lodo serve como estímulo, como adubo para as plantas que do lago vivem, cabe ao homem fazer dos seus sentimentos mesquinhos o caminho para sua melhora, pois é reconhecendo-os é que faz com que deles se liberte, pois entende que quando os alimenta se aproxima do sofrimento e de nada adianta pedir a Deus ajuda se não cicatrizamos e não higienizamos o coração.

Toda oração que parte de qualquer criatura encontra um caminho até Deus, mas dependendo do seu emissor esta oração toma vários caminhos até que possa ser ouvida. Se soltamos uma serpente ela busca uma toca onde possa esconder-se, se soltamos um pássaro ele voa alto nos céus. Assim como a serpente e o pássaro, é a oração do homem de bem e do pecador. Mesmo que o pecador peça a Deus ajuda e auxilio, sua oração sempre vem poluída com seu sentimento mesquinho, todos os seus pecados e todas as suas culpas e precisa ser depurada. Coisa que só o sofrimento é capaz de fazer para realmente brotar sincera dos corações endurecidos pela maldade. Ao passo que a oração do justo eclode bela, luminosa, em toda espiritualidade.

Não existe para Deus a separação e a preferência por seus filhos, mas existe em sua sabedoria o tempo necessário para desgastarmos e diminuirmos a maldade que se aninha em nós, através do trabalho, da dedicação e do arrependimento. Assim nos burilamos e nos libertamos do sofrimento. Arrepender-se é o primeiro passo para  buscarmos a Deus, mas é a consistência de nossos atos com o arrependimento que dizemos sentir é que faz realmente com que as cascas de sofrimento e de dor venham a ser extirpadas e assim nos melhorarmos. Pedir a Deus com fé e arrependimento e logo em seguida praticar o arrependimento e a caridade, eis a necessidade de todo ser humano encarnado no mundo Terra. Ter coragem de libertar-se dos grilhões durante tanto tempo alimentados pelo próprio homem e sentir a leveza que o perdão e o auto perdão propiciam.

Sigamos com a orientação que a Umbanda nos solicita a ser seguida. A de receber a todos com carinho, com respeito, mas reconhecendo que cada um traz um passado, reconhecendo que cada um faz o seu presente e o seu futuro e a partir daí alimentemos o que de bom há no homem. Passemos a ele a responsabilidade de cuidar daquilo que ele precisa reparar dentro de si para ser melhor.

Graças a Deus.