Sessão de Caboclos do dia 30 de Maio


Mensagem do Caboclo Sete Flechas – Maio 2015

 

Graças a Deus, que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde.

Possam todos estar imbuídos da mesma boa vontade com a qual amanheceram hoje para aqui estar. É importante que o homem se mantenha fiel aos seus planos e desejos para que suas ações estejam sempre em congruência com seu pensamento. O sofrimento do homem ocorre quando ele não consegue ter unificação entre aquilo que fala e aquilo que pratica; é fácil fazerem promessas, é fácil apontarem defeitos, mas o importante quando o homem consegue unir prática e verbo, porque é aí que vive em harmonia com seu pensamento e julga muito menos o seu próximo e está mais voltado para si do que para o outro. Nos dias de hoje o ser humano está mais preocupado com o erro do vizinho, ou do cônjuge ou daqueles com os quais não tem muita afinidade, do que com suas próprias dificuldades de convivências com estes que testam vossa evolução.

Na medida em que o ser humano percebe que é vulnerável se torna mais feliz, porque todo aquele que se enche de razão, que jamais erra e que está sempre apontando defeitos, está sempre preocupado em estar correto e sempre vivendo a vida que o outro quer que ele viva e não a vida que tem que viver que é a vida de todo ser humano; aceitar-se frágil, fraco, necessitado de aprendizagem. O homem que se reconhece vulnerável é mais feliz porque se permite o erro e assim se permite o acerto, pois somente acerta aquele que tenta inúmeras e incontáveis vezes.

Já vos foi dito em outra reunião que os grandes líderes, grandes homens e grandes mulheres são grandes porque o fracasso não os dominou, porque foram fiéis às suas investidas, aos seus projetos e erraram ontem, erraram hoje, erraram outro dia e assim por diante e a cada erro se fortaleciam com os aprendizados dos próprios erros. Então é importante que o médium, que o religioso, que o pai, que a mãe, que o filho, que o trabalhador percebam que aprendem no dia a dia. Filhos, esposos, esposas não vêm com bulas como se fossem remédios que se toma de tal em tal hora nesta ou naquela dosagem; cada ser humano é um universo em si e os filhos vivem bem com eles na medida em que vivem bem consigo, em que lidam bem com o perdão em que vivem bem com tudo que cabe dentro da humanidade.

Não queiram ser a palmatória do mundo, não queiram ser aquele que traz a verdade fazendo com que outro viva de acordo com a vossa régua, de acordo com vossas regras. Todos os que ensinam são formadores de opinião e necessitam fazer com que seus pupilos, filhos e companheiros de trabalho aprendam consigo, mas jamais os escravizem pois espíritos de luz não se permitem idolatrar.

Vivam suas vidas dando exemplos, mas que cada um possa ter a liberdade de fazer escolhas e que cada um possa ser responsável pela alegria, pela tristeza. Ócio também é opção, trabalho também é opção que cada um seja responsável pelo que escolheu. Vosso mentores estarão ao vosso lado a todo o momento insuflando-lhes ao bem, mas não vão assumir vosso carma e é aqui que entra a responsabilidade do ser humano que se diz religioso. Já se foi o tempo da religião que impunha aos seus adeptos esta ou aquela forma de conduta, esta forma de vestimenta, esta forma de se lidar com a religiosidade vos induz ao bem na medida em que o ser humano absorve o bem que a religião tem, faz dela bom uso, faz ela esclarecedora.

Possa a religiosidade trazer educação ao ser humano e jamais a divisão nas famílias. Cultivem o que há de melhor em vossa religiosidade para serem pessoas de bem, seres humanos melhores e assim mais tranquilo e as engrenagens da vida funcionam quando existe perdão e assertividade. Sentimento de posse, apegos tudo isto se reduz na raiz da vaidade. Ninguém pertence a ninguém; vossos filhos não são seus filhos; diante dos olhos de Deus todos são seres humanos em evolução que trocam posições ao longo das existências para que exercitem autoridade, irmandade e amor fraterno. Aproveitam a hierarquia familiar para aprimorarem vossos relacionamentos e fazer do tempo entre o berço e o túmulo um tempo de aprendizagem.

Perdoem enquanto estão entre o berço e o túmulo, pois as sensações na matéria deixam impressões fortes no espírito. É por isto que muitos espíritos desencarnam com traumas emocionais, com atrocidades e aberrações na forma, pois tudo vivido na matéria impressiona o espírito logo aproveitem a encarnação para fazer o que é bom, para que o bem vos impressione e assim poderem partir com a bagagem leve e não a bagagem pesada do rancor, da mágoa e da ociosidade.

Que a paz de Deus esteja com todos.

Graças a Deus.