Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Mesa do dia 17 de Agosto de 2019. 


Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Mesa do dia 17 de Agosto de 2019. 

 

Graças a Deus.

Bendito e louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Graças damos ao senhor da vida pela oportunidade de trabalho junto ao povo terrícola.

Graças damos ao senhor do tempo por cada momento em que experimentamos, seja o prazer ou a dor, pois os dois nos mostram a necessidade de mudança de rumo ou de melhora do mesmo.

Valorizemos cada instante em que o ar penetra no pulmão, em que o corpo expele o suor, em que as vísceras trabalham, em que a energia flui pelo corpo vivente, transeunte do mundo da matéria, oportunidade ímpar de modelagem do caráter, do esforço da vontade, do direcionamento do espírito.

Valorizemos a vida, deixemos de lado as ideias de abandono, deixemos de clamar pela presença da senhora morte. Saibamos o nosso lugar; não nos cabe julgar seus desígnios. A cada vez que reclamamos da vida, a cada vez que não nos sentimos merecedores da vida que vivemos assumimos a postura de juízes da sabedoria de Deus.

Deus não quer que o homem sofra; Deus permite os acontecimentos para que o homem aprenda, para que use a inteligência para mudar o rumo, para acertar sua bússola. Deus não quer a morte do pecador, mas que ele viva e se arrependa. Passemos a aceitar ativamente a vontade de Deus; aceitamos passivamente quando apenas aceitamos a dor e nada fazemos porque dela até tiramos prazer; o prazer da pena que sentimos no olhar do outro; o prazer de se deixar auxiliar pelo outro; o prazer de não termos a responsabilidade pelo condão de nossa vida quando dizemos “É a vontade de Deus”.

Aceitamos ativamente a vontade de Deus quando enxergamos em cada momento oportunidade de melhora e progresso, de estar em silêncio ou clamar aos céus tudo que aprendemos com a vida que estamos levando. Na linha do tempo, a vida é uma sucessão de fatos encadeados pela energia geradora do fato antecessor e temos o poder de mudar esta energia. Quando olhamos ao redor observamos se estamos satisfeitos ou insatisfeitos com o que atraímos e de acordo com nossa decisão, gradativamente, mudamos o direcionamento de nossa vida. Gradativamente, porque as escolhas deixam marcas; gradativamente, porque gradativamente nos permitimos enredar nas teias em que no momento nos encontramos.

Que tenhamos a coragem, a humildade, o amor por si para cicatrizarmos nossas feridas e fazermos delas o espelho onde nos miramos para saber onde não mais precisamos estar.

Saibamos mudar o rumo da nossa vida através da busca constante do bem, porque ninguém se arrepende do bem que faz. Não há arrependimento na mente que vibra e que realiza o bem e para se bom basta não cristalizamos e  nem fortalecermos o mal. O mal é a ausência de Deus; Deus é simplicidade; Deus é verdade. Aliados a estes valores higienizamos nosso interior; para ser uma pessoa do bem não precisamos estar sob os holofotes da fama, sob os olhares do mundo para que nos aplaudam e nos apontem como pessoas do bem. O bem se realiza e se fortalece na intimidade do silêncio. Façamos o bem iniciando pelas criaturas simples; não adianta dar alimento aos pobres e não se emocionar com o sofrimento do animal ou da planta. Exercitamos o bem quando apadrinhamos um ser vivo e dele cuidamos e percebemos o bem que faz fazer o bem e buscamos expandir este sentimento para outros seres.

Busquemos ser bons na intimidade; busquemos ser aquilo que queremos ser dentro nosso templo para que não vivamos um personagem. Saibamos ser coerentes; busquemos a coerência de ações, de pensamento e de verbo para sentirmos o equilíbrio que é servir com Jesus. O nome de Jesus é o nome mais falado no mundo, sua imagem é a mais projetada na mente das criaturas encarnadas e desencarnadas. Onde ele chegou qualquer um de nós poderá chegar. O caminho para chegar onde ele chegou; inicia no esforço simples de querer bem a si mesmo, respeitar a si mesmo, respeitar toda criatura viva, aceitar ativamente a vontade de Deus, abandonar a reclamação vazia, ter em mente que Deus não quer o nosso sofrimento e que precisamos abrir os olhos e o coração para a verdade que diz: Sois Deuses

 

Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde, na qual os filhos vêm em busca de orientação religiosa, do reabastecimento de vossas energias, para conviver com a espiritualidade através do contato mediúnico; disse Jesus que todas as vezes em que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome que ele estaria presente, e assim vem acontecendo desde o martírio de Jesus quando ele entregou aos discípulos a missão ir ao mundo e espalhar o Evangelho a toda criatura.

A força das palavras de Jesus persiste até hoje tamanho é seu embasamento de verdade e de amor. As palavras de Jesus não passarão, porque o homem ainda precisa seguir esta diretriz para que possa encontrar as bases necessárias para a sua libertação; a libertação do sofrimento.

As palavras de Jesus são conhecimento e conhecimento é responsabilidade; assim como é o lidar com o fogo. A pessoa que risca um fósforo é a primeira a sentir o efeito do seu calor e da sua luz. Se é uma criança; se inebria com a beleza da chama deixa consumir a pequena madeira e pode queimar-se; se é um malfeitor pode atear fogo nos pertences ou na natureza; se é um homem de fé acenderá uma vela para a prática da sua crença e várias são as ações que aquele que risca um fósforo pode tomar tendo em suas mãos o poder do fogo.

Assim é a fé, assim é a mediunidade, assim é o conhecimento, assim é todo poder que chega nas mãos do homem. Na sua imaturidade o homem pode simplesmente brincar com a fé, brincar com o conhecimento, brincar com a responsabilidade e vários são os efeitos desta lida inconsequente com o poder e caberá ao homem responder por tudo que disto advir, posto que independente se o erro vier do desconhecimento ou do conhecimento; todo erro requer corrigenda. Independente do grau de responsabilidade que se tenha sobre seus efeitos.

Da mesma forma é a força da fé. O homem pode apenas se maravilhar pela descoberta do poder de Deus, do poder da força do pensamento; pode estar apenas buscando efeitos para maravilhar os olhos, seus ou de outrem, mas é importante saber que existem mais coisas a serem aproveitadas através da fé, mais conhecimento do que a simples fenomenologia, o aparato, o brilho, a dança e tudo o que chama a atenção dos olhos; importante ver o que está por trás, as mensagens que os rituais e o aparato religioso têm.

É necessário perceber que, quanto mais se aprofunda em aprendizado, em conhecer os assuntos da mediunidade ou da mente humana ou do seu próprio afazer, se angaria mais responsabilidade e precisamos responder pelo que acumulamos, que usamos, que não usamos ou que mal usamos.

Que tenhamos a responsabilidade de pedir aquilo com o que podemos lidar, com o que sabemos lidar; que possamos nos desvencilhar da vaidade de quando anunciamos ao mundo que sabemos, mas no momento em que é necessário o fazer, o realizar nos retiramos da luta por não nos sentirmos preparados ou nossa vaidade não nos permite nos expormos ao outro. Todo aquele que aprende, todo aquele que busca conhecimento necessita da coragem para demonstrar seu caráter diante do conhecimento que tem.

Que todos os médiuns, todos os que buscam milagres, todos os que fazem milagres, todos os que buscam ser atendidos, a cada vez que acenderem a chama seja a chama física da vela ou a chama do conhecimento ou a chama do pedir a Deus sua irradiação, que tenhamos a consciência do poder e responsabilidade que disto vem, para sabermos usar as graças que pedimos.

Graças a Deus.