Mensagem do Caboclo Sete Flechas de sessão de Caboclos do dia 27 de novembro de 2021.


Graças a Deus.     

Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês nesta tarde em que se reúnem em nome de Jesus e disse ele que a cada vez que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome que ele estaria presente e aqui estamos nós reunidos em nome de Jesus e, se afinarmos a sensibilidade que carregamos conosco, perceberemos Jesus nas mais variadas formas de amor que se faz presente neste ambiente.

Jesus se faz presente a cada vez que se vibra com respeito, com harmonia, com o amor desinteressado, com a responsabilidade, com a justiça, com a coragem, com a perseverança. Todos os demais valores nobres que alçam o ser humano a degraus mais elevados e nobres de consciência, de viver aí está a vibração de Jesus; que passou pelo mundo abraçando a missão de deixar o exemplo. Em nenhum momento Jesus fez qualquer espécie de julgamento ou condenação por todos aqueles que até ele chegaram ou para sua convivência, porque conhecia todas as dificuldades de cada um de seus doze companheiros, conhecia as dificuldades de caráter e as dificuldades de relacionamento de Judas; conhecia o caráter bélico de Pedro, conhecia as incertezas e dúvidas de Tomé e tinha por cada um desses o amor incondicional de estar com eles para através do seu exemplo convidá-los à transformação. E assim foi Jesus em todo momento em que respirou encarnado e segue emanando a sua luz como governante planetário que é. E Jesus também em cada um de seus atendidos, aonde fez suas curas e seus milagres, também convidava a cada um a erguer-se, a seguir a vida não pecando mais.

Então que possamos, já que nos dizemos cristãos, nos colocarmos nesta mesma bandeira e ao mesmo tempo assumirmos também esta responsabilidade de dizermos não ao julgamento que naturalmente fazemos por todos aqueles que chegam até nós.  Auxiliamos com uma mão, mas ao mesmo tempo internamente alimentamos a nossa vaidade através do julgamento que fazemos do porque aquela pessoa está ali. São momentos e movimentos inconscientes ainda muito presentes no coração do ser humano que habita o mundo Terra, que é convidado constantemente pela espiritualidade a seguir através da mediunidade, da caridade, do trabalho ao próximo, o seu processo evolutivo, mas precisamos estar conscientes e observando os processos internos que ainda temos de julgamento e de pré-julgamento para que possamos ainda tornar mais leve o trabalho que nos permitimos fazer. Ficará muito mais leve se tivermos a coragem de observamos para dentro de nós e vermos que nós também ainda precisamos de muito auxilio, de muita ajuda, de muita orientação e do perdão que pedimos a todos aqueles com quem convivemos de maneira mediúnica. Que possamos entender o relacionamento que travamos com nossos guias, porque essa afinidade não é por nada, algum vínculo temos. O que temos que aprender com cada um dos amigos que nos orientam e com todos aqueles que vem através do nosso trabalho pedir a nossa orientação? Que passamos então do momento de evitar e de pelo menos reconhecer que ainda julgamos para que possamos através desse reconhecimento buscarmos diluir estes sentimentos que ainda nos colocam com todo um calçado soberbo de superioridade porque auxiliamos e todo auxílio como desinteressado se despe do julgamento.

Que tenhamos essa coragem e essa perseverança, porque coragem e perseverança também são instrumentos que precisamos desenvolver para seguirmos fazendo válida a nossa existência. Não falamos da coragem quando é ausência de medo, não falamos da coragem que de maneira irresponsável enfrenta o perigo, mas a coragem que reconhece as limitações e que busca gradativamente superá-las e até reconhecer aonde não somos necessários e aonde não é possível o nosso trabalho. Reconhecer isso também é uma questão de coragem e saber que não temos condições de seguir adiante naquele momento com alguma empreitada e a perseverança para buscarmos dentro de nós os instrumentos necessários para desenvolver os dons que precisamos para seguir a diante. Que tenhamos esta observação de nós mesmos e que tenhamos também a todo momento a certeza de que estamos no mundo em um momento passageiro. Filhos quando respiram no corpo a primeira vez, inicia uma contagem regressiva, mas o ser humano por mais que aceite a existência do espírito, a comunicação após o seu desenlace, o ser humano ainda se agarra como um naufrago na carne, com a ilusão de que aqui tudo existe, de que aqui tudo deverá aprender e absorver e no ditado de enquanto a vida a esperança, lembramos de que a vida não se extingue com o desatar dos nós do corpo terreno.

Então enquanto pensamos, enquanto sabemos que existimos seja neste ou noutro plano a esperança sempre acompanhará o homem para a sua trajetória. Então que todo esse enfrentamento e diálogo com o processo do desenlace seja natural para todos. Que permitamos que todos aqueles que se encontram nos portais do desenlace sejam entregues às falanges de tratamento e de orientação. Não queiramos retardar, mas também não queiramos antecipar porque a vida vos foi dada como um empréstimo. Como um empréstimo que é dada devemos fazer com que ela aumente o seu valor. Não adianta pegarmos um dinheiro, guardarmos e devolvermos para o dono com o mesmo valor. É importante que saibamos duplicar aquela quantia para que possamos aprender o que ela significa, o processo que tivemos com o seu desenvolvimento e prestar contas, com alegria, ao seu possuidor. A mesma coisa é a vida, ela é um empréstimo, ela é um valor, que saibamos aumentar o valor que ela tem; e o valor de nossa vida aumenta quanto mais do bem nos apossamos para sermos reconhecidos pelo o que deixamos em nosso rastro. Que saibamos existir na vida, mas que saibamos fazer com que a nossa ausência seja símbolo de uma lembrança que nos honra para que possamos ser sempre bem lembrados e admirados e deixar os nossos exemplos alimentando aqueles que vem atrás de nós.

Então que essa coragem nos alimente para seguirmos duplicando os valores que temos e a perseverança a todo momento e que deixamos, saiamos da grandeza que a soberba nos envolve e nos ilude para com os pés no chão percebermos que somos trabalhadores, trabalhadores que conjuntamente alimentam-se e interagem para o crescimento de todo um grupo, de toda uma família humana. Que saibamos perceber que ao mesmo tempo que educamos e que curamos também somos educados e somos curados. Esse ir e vir das energias e das experiências é que nos fazem cada vez mais em sintonia com a espiritualidade orientadora e de luz.

Graças a Deus.