Sessão de Mesa do dia 29 de Abril de 2017.


Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Mesa do dia 29 de Abril de 2017.

Graças a Deus, louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Graças te damos Senhor, por este momento de mais um aprendizado. de convivência com o povo terrícola que ora temos a missão de conduzir.

Graças te damos Senhor pela luz que as nuvens filtram neste dia nublado e assim mesmo chega até nós. É o esforço de tua presença, furando todos os bloqueios e nos permitindo haurir a energia solar, mesmo que filtrada, mas presente em nossa vida. Nos ensinando que em meio a toda diversidade existe a tua presença. Em meio a toda dificuldade podemos encontrar a sua mão a nos guiar. Em meio a toda dificuldade encontramos degraus que nos dão condição na ascensão, na busca da melhora interior.

Limites e provas não são fardos, mas são asas embrionárias que com o exercício, com a boa vontade nos garantem, assim que passarmos a liberdade, voos de paz na busca do tão esperado progresso.

Falamos muito em agradecimento e da sua importância e observamos como é fácil agradecer pelo que nos traz prazer.  Agradecer pela saúde, agradecer pelo conforto, agradecer pelo o que se ganha e que se deseja, agradecer pela amizade, pela família, mas também precisamos exercitar o agradecimento por tudo aquilo que vem mascarado de sofrimento. Precisamos agradecer pelo cônjuge ciumento, que observa e cerceia nossos passos; que nos limita, pois é justamente este relacionamento que pode ser a chave que abre as portas da nossa compostura sentimental, quando evita que nos desregremos pelos anseios da emoção e da sexualidade desvairada.

Agradeçamos pelo filho doente, com cujo relacionamento nosso coração se abranda e se compadece diante de tantas outras enfermidades existentes no mundo e passamos a nos sintonizar com a dor alheia e a auxiliá-la.  Agradeçamos pelo patrão que nos exige mais e mais em horário e rendimento, pois é justamente ele que nos faz buscarmos o aprimoramento de nosso trabalho ou até mesmo a busca de melhora e de progresso. Agradeçamos também pelos que nos apontam defeitos., que buscam toda oportunidade para nos criticar, pois são eles que nos impelem ao esforço de nos  melhorarmos.  Agradeçamos pela enfermidade que nos tolhe, que nos traz limites, pois é ela que também nos traz a fé; é ela nos faz a busca do cuidar de si, do querer viver. Tudo aquilo que nos tolhe, que nos faz doer exercita a nossa coragem, a nossa vontade e o nosso caráter quando modificamos o olhar que temos para com eles.

Que saibamos agradecer, que saibamos abraçar tudo aquilo que está a nossa volta e ver que realmente sempre estamos onde precisamos estar. E quando a insatisfação nos visita, temos a oportunidade de identificar o que é que nos traria ou o que nos traz a satisfação.  A insatisfação, não raro, se apresenta quando não vivemos a vida que precisamos viver. Não a vida que queremos ou que gostaríamos, mas a vida que precisamos. A vida na qual seremos úteis e nos sentiremos úteis, pois para a alma endividada o servir é o remédio. O servir é o acalanto, o servir é o óleo que azeita as engrenagens da vida. Sendo útil a criatura encontra a razão de sua existência e existe em cada criatura o dom e a necessidade de ser útil e de ser feliz. Encontrar este caminho é questão de observar a si, é questão de ouvir a si, é questão de entender que a vida não é justa nem injusta; a vida é o que fazemos dela, como a entendemos como a aceitamos.

Tal qual o corpo que ora habitam é o único que têm pra ambular e agir no mundo em que ora habitam é somente aceitando as suas limitações e fazendo resplandecer as suas qualidades e possibilidades é que se faz dele veiculo útil, o motivo de felicidade enquanto nele se habita. Da mesma forma o mesmo olhar se deve estender à família onde nos encontramos, ao templo que frequentamos, às pessoas que passam por nossas vidas. Que nosso olhar seja mais doce, mais sereno. Que saibamos aceitar aquilo que não podemos modificar e justamente por isso tem a missão de nos educar e de nos insuflar à modificação interior, à reforma, à higiene, à faxina do coração, da mente.

Tenhamos a certeza de que sim, existe uma missão para cada criatura de Deus. Ninguém passa no mundo Terra como em um passeio. Nossa responsabilidade é fazer o tempo entre o berço e o túmulo ser um tempo útil.  Abandonemos a inércia, abracemos a verdade, a vontade e a necessidade de cumprirmos aquilo que nos compete. Qual parte de nós se fortalece na dificuldade, qual parte de nós faz com que o outro esteja bem e ao mesmo tempo nos impulsiona e nos engrandece. Tenhamos a coragem de olhar no espelho e gostarmos do que vemos. E também observarmos o que pode ser ainda mais acrescido de vontade e de força.

Seja o conhecimento sadio, assertivo a espada com a qual lutarmos contra a ignorância. Seja o caminho indicado pelo Nazareno o caminho que nos leve a tranquilidade daqueles que sabem que cumpriram com seu papel.

Graças a Deus.

Final de sessão de Mesa do dia 29 de Abril de 2017.

Muitos confundem a sabedoria com o ter respostas para tudo, quando na verdade a sabedoria se dá especialmente no silencio, na aceitação das coisas que sabemos que não podemos mudar e insistimos em mudar simplesmente porque insistimos em mudar. Porque nossa insatisfação e nossa incapacidade de olharmos a nos mesmos não nos permite deixar que o mundo seja o que é e que o outro seja quem ele é e reclamamos e insistimos, não percebendo o quanto infantis e imaturos estamos sendo.

Todos os rios correm para o mar e nem por isso o mar transborda. Que aprendamos com os ciclos da natureza que tudo tem seu tempo. O aprendizado tem seu tempo, o amadurecimento tem seu tempo, a mediunidade tem seu tempo, a criança tem seu tempo, o adolescente tem seu tempo, o adulto tem o seu tempo, o idoso tem o seu tempo. Consigamos entender, nos adequar dentro do tempo ao qual pertencemos vivendo nele as suas dúvidas, as suas certezas para que dentro dele possam ser sanadas e ao passarmos para uma nova fase tenhamos novas dúvidas e novas certezas, adequadas ao nosso momento ao nosso ambiente. Estejamos em sintonia com quem somos.

A paciência é a mais nobre e gentil das virtudes. Que tenhamos paciência para conosco, jamais a confundindo com a complacência, mas a paciência que ensina, que educa, que espera e que estimula o crescimento.

Sejam este pão e esta água veículos de toda essa energia manipulada nesta tarde. Que o verde de Ossãe, que a seiva de suas plantas, toda a natureza a nossa volta manipuladas pelas hábeis mãos de espíritos magnetizadores tenham traduzido em amor, em cura, em lenitivos, em bênçãos, para todos aqui sintonizados. Que dores materiais e morais tenham sido aliviadas. Que a coragem para seguirmos com a nossa missão esteja conosco.

Jamais devemos chamar a morte, ela chega na sua hora. Abençoada seja a hora da morte, mas que venha somente quando realmente for a sua hora. Que saiamos dos quartos escuros, do pranto, da depressão, da inércia. Que saibamos através dessa água e desse pão encontrar o amor por si para que possamos cicatrizar as feridas internas. Que possamos cicatrizar as feridas do outro, encontrar a nossa missão e a nossa paz.

Graças a Deus.