Sessão de Caboclos do dia 24 de Janeiro de 2015


Mensagem do Caboclo Sete Flechas em sessão de Caboclos do dia 24 janeiro de 2015. Homenagem a Oxossi.

Jesus abençoa todos aqueles que tem boa vontade e a coragem para dedicarem-se ao outro, pois isto requer coragem. Todo aquele que se propõe ao atendimento fraterno necessita apagar em si o ego dominador; para isto é necessário olhar para dentro de si reconhecendo onde há falhas e onde há acertos e a partir daí traçar o caminho necessário para o seu aprimoramento. Neste caminho os filhos vão alijando de posturas, de crenças que vos acompanharam até então, mas que já não pertencem a vocês de acordo com o atual estágio evolutivo. Desfazer-se de posturas e crenças que não nos servem mais requer coragem, requer desfazer-se de um pedaço de si, requer conhecer-se mais, olhar para lados obscuros que não se quer reconhecer que se tem.

É importante os filhos perceberem que a cada vez que se colocam como participantes da humanidade, quando percebem que o servir seja nas carreiras de médiuns que vestem o branco mediunizando-se, seja nas carreiras daqueles que levam a bandeira da palavra esclarecedora, seja na bandeira dos que vão aos locais de sofrimento no atendimento corpo a corpo com os enfermos e desequilibrados; todas as vezes em que os filhos se colocam neste trabalho é importante perceberem que são tão humanos quanto aqueles a que atendem. Na medida em que o servidor se iguala a quem ele atende, maiores condições de atendimento tem, porque o distanciamento daqueles que se julgam muito caridosos e isentos de pecado atrapalha o próprio atendimento fraternal. A cada vez que os filhos de despem do excessivo conhecimento e colocam amor no coração estão em condições e posição de enxergarem o outro como ele é de entendê-lo. A postura não julgadora é a postura daquele que de dispõe a auxiliar, pois o auxilio que vem sem julgamento tem mais efeito porque toca o coração do auxiliado e o convida ao progresso na medida em que percebe que lida com alguém igual a ele.

Quando os filhos fazem vossa oração do Pai Nosso, perguntamos se os filhos têm a noção do compromisso que assumem ao proferirem palavras simples e que muitas vezes banalizam como uma maneira de encerrarem trabalhos importantes. Quando os filhos dizem “Pai Nosso” estão igualando a humanidade inteira. Estão chamando de irmãos todos que comungam ou não de vossos valores e posturas; estão chamando de irmãos todos os que tropeçam em vosso caminho, todos os que vos lançam indiferença. Quando entenderem o juramento que professam ao dizerem “Pai Nosso” entenderão e realizarão muito mais coisas do que pensam, pois a cada vez que oram que seja da forma mais sincera e corente possível. Não orem pelas palavras decoradas, da mesma forma que buscam atender vosso semelhante em vossas consultas ou preleções, seja onde for, tenham sempre vosso coração ali presente para que a sinceridade reverbere em vossa mente e alinhar vossa vida com o progresso, porque o progresso acontece com aqueles que colocam o coração em tudo o que fazem, com aqueles que acreditam na força e no poder que têm. Quando os filhos só pedem a Deus, a São Sebastião, a Oxossi a fartura, mas não vão à caça da fartura; apenas seguirão orando e vivendo do que Deus dá. O que Deus dá é bom, mas o que o homem consegue quando ajuda Deus a o ajudar tem mais sentido, o sentido da construção de uma vida. Que seja esta a forma com que os filhos buscam vosso progresso.

Ninguém vive no mundo isoladamente. Quando as árvores dão frutos qualquer um pode deles se beneficiar; o sol nasce para todos, humildes, pecadores, justos, enfermos, sãos; o sol com sua luz abençoa a todos; um rio irriga a terra por onde passa não se preocupando se um canto será mais irrigado do que o outro. Assim são os filhos, ninguém vive isolado. Tudo que fazem tem repercussão no mundo à vossa volta, as posturas que têm, os filhos sempre serão um espelho para alguém, sempre serão exemplo para alguém, que façam de vossa vida uma vida capaz de distribuir benefícios. Tenham a certeza de que qualquer coisa que o homem faça estará sempre influenciando alguém e está é vossa responsabilidade: que vossa influencia seja salutar, pois do resultado de vossa influencia os filhos responderão no tribunal da própria consciência.

Possa consciência estar harmonizada, possam os filhos estar em uníssono com o progresso. Voltamos a dizer: Não adianta ser religiosos dentro do templo. Sejam seres humanos dentro do templo, busquem a melhoria dentro do templo e pratiquem a humanidade e a religiosidade nas ações que executam fora do templo.

Graças a Deus.