Sessão de Caboclos do dia 17 de Setembro de 2016.


Mensagem do caboclo Sete Flechas em sessão de Caboclos do dia 17 de Setembro de 2016.

Graças a Deus. Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês nesta tarde. Possam estar todos se beneficiando com a presença de Deus entre nós, com a abundância, que se derrama sobre nós, de carinho da espiritualidade para com vocês.

É importante que sintam e se permitam este beneficio, porque é este o combustível que vos leva durante a semana. Que todo aprendizado que aqui vêm buscar, tenham feito por onde ser multiplicadores para seu próprio benefício, para seu próprio uso.

Dissemos a vocês que o trabalho com Jesus, para uma humanidade tão apegada a materialidade como é hoje em dia no mundo de vocês, é como se fosse um investimento onde filhos recebem ou obtém certa quantia de dinheiro e vão ao banco e fazem o que filhos chamam de investimento onde existe perigo de perda, onde não se pode movimentar de uma certa forma, mas existe toda uma expectativa de  um retorno desse dinheiro empregado porque este terá seu rendimento. Então existe um período onde este não pode ser mexido, onde filhos têm que se adequar a vossas despesas, mas filhos sempre fazem isso aguardando um lucro mais adiante.

Da mesma forma é o trabalho com Jesus, da mesma forma é o trabalho mediúnico com seriedade; onde filhos fazem um contrato com a espiritualidade de trabalho, de compromisso, de dedicação. A cada porção de dedicação e compromisso filhos estão colocando um investimento em vossa conta na espiritualidade. Passa que da mesma forma que existe no mundo material a necessidade de vossas contas bancárias terem o vosso cuidado, vossa observação, vosso investimento, se filhos tão somente colocam vosso dinheiro lá e não mais fazem nenhum depósito este renderá o pouquinho que está lá. Filhos poderiam usar aquele investimento em outras coisas, em algo mais produtivo, mas optaram por lá e lá esqueceram. Da mesma forma é o vosso trabalho com Jesus. Muitos filhos assumem os trabalhos com Jesus, mas pouco interesse ou atenção vem depois daquela primeira empreitada, porque depois percebem que demora muito tempo, que investimento foi de tanto e que poderia ser diferente. Mas da mesma forma que fazem com vossos bancos na matéria, que lhes explicam todas as restrições, da mesma forma é o trabalho com Jesus. Jesus não obriga ninguém a trabalhar com ele, tão somente convida e lhe diz todas as suas atribuições.

Então da mesma forma que filhos não podem reclamar do investimento mal feito, não podem reclamar do investimento no trabalho feito com Jesus, porque a cada vez que se alia a Jesus, se alia de bom grado, se alia de coração, se alia com a vossa própria vontade. E a partir daí é de vossa própria responsabilidade esta manutenção. Todo trabalho com Jesus terá o retorno na medida em que filhos também investirem em         Jesus. Este trabalho, investir em Jesus filhos é estarem diariamente debaixo da sua bandeira, debaixo de sua orientação. Compreendemos o quanto ainda se faz, muitas vezes difícil, mas não impossível, o perdoar sempre, o estar sempre disponível, mas é questão de exercício. É questão de estarem objetivamente imbuídos da vossa melhora, porque a cada vez que trabalhamos com Jesus não trabalhamos somente para o outro, trabalhamos principalmente para nós, trabalhamos principalmente para nosso próprio engrandecimento.

A cada vez que praticam a caridade tenham a certeza que sim, beneficiam alguém. No trabalho de doação é missão do ser humano auxiliar seu próximo, mas o primeiro a se beneficiar com os trabalhos com Jesus é o próprio trabalhador. Esse sim é o grande beneficiado. Quando isso cair verdadeiramente em vossa razão, cobrir vossa cabeça com este raciocínio, filhos então trabalharão muito mais dedicados, porque saberão que é a si mesmo que estarão melhorando.

     Quando só se pensa que tem que servir o outro, que tem que ajudar o outro, que tem que trabalhar pro outro, o egoísmo do homem começa a lhe perguntar e eu? Onde está o meu retorno?  Mas quando filhos percebem que o retorno vem, com o próprio trabalho e com a própria melhora, filhos então se imbuem do seu trabalho e também dão outro direcionamento; não ficam somente dando auxílios sem fazer com que o outro cresça, porque auxiliar o outro também é fazê-lo ir para adiante, é também dizer um não, também ensiná-lo, também é colocar limites. Filhos muitas vezes pensam que auxiliar é somente passar a mão na cabeça e sofrer com ele. Não, auxiliar o outro é educá-lo é impulsioná-lo pra adiante, é dizer a onde errou, é dizer a onde acertou. Todo trabalho com Jesus é um trabalho de reforma constante.

Compreendam porque as pedras dos rios são mais lisas que as pedras da estrada.  Passa que as pedras dos rios se atritam pelo próprio curso da água que as impulsiona, enquanto as pedras da estrada estão isoladas umas das outras, têm arestas pontiagudas e é o atrito das pedras dos rios que as fazem mais belas, mais lisas e arredondadas. Assim é o trabalho com Jesus. É servindo, é na labuta com o outro que nos melhoramos, que nos aperfeiçoamos.

Que possamos entender que ao servir ao outro, estamos principalmente servindo a nós. Educar o outro é também educar a nós, porque só podemos exigir do outro aquilo que nós mesmos já podemos fazer. Então trabalhar com Jesus requer disciplina, carinho por si, amor por si, responsabilidade.

Trabalhar com Jesus não é, como os filhos dizem, para os fracos. Somente os que realmente têm coragem de enfrentar a si e de sobrepor aos seus vícios e suas mazelas, suas dificuldades, é que realmente desembainham a espada dos guerreiros de Jesus para seguir adiante. Então se filhos realmente querem seguir adiante, busquem em si as próprias forças, a própria disciplina e o amor para seguir adiante, mas enquanto tão somente dizem que seguir a Jesus é trabalhar para o outro, estão enganando-se. Porque trabalhar com Jesus é servir ao outro sim, mas sabedor que esta melhora sempre recairá sobre aquele que serve.

Graças a Deus.


 

Mensagem do caboclo Sete Flechas no encerramento da sessão 

Quero deixar vocês hoje com a figura do garimpeiro que, na beira do rio pródigo em minérios, com a sua batéia, com a sua peneira vai trabalhando a água e vai batendo a sua batéia e peneirando todos os cascalhos que ali estão e separa o que é o ouro e o é cascalho. Então batendo a sua batéia, na sua peneira fica o que é bom e se vai o que não lhe pertence, mas pertence ao rio. Esse é o trabalho de separação do que é bom e do que não é bom, do que lhe dará lucro e do que pertence a natureza e ao mundo.

Passa também que muitas das vezes na busca do brilho que o ouro tem também pega tudo aquilo que chamam de ouro de tolo; a pirita que se confunde com o ouro. Depois um olhar mais apurado faz com que separe o que é realmente é ouro, o que não é ouro e dê a cada um o seu destino. É assim o trabalho de todo médium trabalhador da seara de Jesus. Neste trabalho, nesta labuta com os seres humanos e com a espiritualidade, cada um vai sendo a sua própria bateia e trazendo pra si o que brilha, o que traz para vocês brilho do conhecimento, mas nem sempre tudo que reluz é ouro. Então os filhos têm que separar nesta busca de conhecimento o que realmente vos agrega valor, o que realmente vos agrega conhecimento, o que realmente vos é útil. Nesta separação é que filhos vão conhecendo o que é bom e o que não é bom. Este julgamento, esse discernimento vem com o tempo, vem com a experiência.

Isto também acontece com os templos, com as instituições. É importante permitirmos que Deus, o grande garimpeiro e a própria espiritualidade a grande garimpeira de cada um de nós, batam também suas bateias. Que possamos permitir o ir e vir daquilo que é bom, daquilo que nos ensina e da daquilo que necessita agir. Tudo isso é importante.

As casas de Deus, as instituições sérias, todas elas, tal qual os seres humanos, também sofrem assédios espirituais, também necessitam de expurgos, de limpezas e nosso templo não foge a essa regra. Templos são compostos de seres humanos em sua base em primeiro lugar. A espiritualidade necessita do ser humano para se manifestar. É o ser humano responsável pela condução dos trabalhos, ele tem que estar sensível às orientações. A cada vez que buscamos levar orientações é natural que se promova antipatias, é natural que se promova desconfortos.

Então assim como as pessoas são assediadas, também são as casas de Deus. É importante filhos que compõem as casas de Deus estejam alertas a todo momento, orando, vigiando, batendo as suas batéias e separando o que não presta, o que é ruim, principalmente os sentimentos, as atitudes, as ações. Como já vos dissemos, tudo aquilo que fazem quando não estão sendo observados, é por ai que são as brechas das obsessões. E a cada vez que vêm para o trabalho, se colocarem ao lado da espiritualidade pra isso.

É natural que o ser humano tenha enfermidades, tenha infecções, porque o mundo material tem estas características. As enfermidades não dão nas paredes, dão nos seres humanos, dão nos animais, porque são corpos vivos. Todo corpo vivo quando é invadido por um corpo estranho, desenvolve reações para expulsa-lo, assim também são as casas de Deus. É importante percebermos que assim como os corpos têm as febres infecciosas de agentes estranhos que os atacam também as casas espirituais têm suas infecções. Estas infecções acontecem nas pessoas que as frequentam. São as insatisfações, os destemperos, as dúvidas, as revoltas, as indisciplinas, tudo isso são sinais de febre das instituições e cabe a cada um buscar e entender qual é a origem daquela insatisfação, daquela febre da sua instituição. A partir dai delegar aquilo que é importante pra si. Se perguntar: o que faço aqui? O que estou fazendo aqui? O que quero realmente fazer?

Que a imagem do garimpeiro acompanhe vocês hoje. Batam suas batéias durante a semana, separem o que realmente for bom para vocês do que não for bom. Entendam se aquilo que os atrai até aqui realmente é ouro ou se é uma pirita que esta vos enganando, para que possam ao retornarem estar com vossas disposições em sintonia com o direcionamento desta casa.

Hoje saravamos com Exu e com Ogum. Nossa reunião de hoje, foi uma reunião direcionada à sedimentação das certezas. Que hoje todos aqui presentes, todos que escutarão e lerão esta mensagem, possam se conscientizar da sua missão junto a nós, da importância de cada um aqui dentro e sabedores que sim, incomodamos, mas justamente por incomodarmos sabemos que estamos no caminho certo. Sabemos que estamos disseminando conhecimento, criando raízes em vocês e cabe a cada um permitir que essas raízes se firmem para seguirem adiante com nossos trabalhos.

Graça a Deus.