Mensagem do Caboclo Sete Flechas em sessão de Caboclos do dia 11 de Março de 2017.
Graças a Deus.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês nesta tarde.
Bem vindos ao trabalho, ao retorno das atividades religiosas e mediúnicas que vos põe em contato com vosso afazer. Lembrando que tudo que os filhos vêm aqui fazer e é de vossa opção e de vossa vontade, então que possamos contar sempre com esta disponibilidade e que filhos entendam que o trabalho mediúnico se dispõe ao esclarecimento das pessoas e à prática da caridade e cabe ao médium ser veículo dessa orientação.
É importante filhos saberem que essa não é a única finalidade da mediunidade. Este é o meio pelo qual ela é utilizada, mas a finalidade da mediunidade é o desenvolvimento do próprio médium enquanto pessoa, enquanto ser humano. É um aprendizado para a sua vida, pois enquanto é canal de transmissão de mensagens ele aprende com aquilo que veicula e, nessa labuta, tem a condição e, por consequência, obrigação de se tornar uma pessoa melhor.
Várias são as oportunidades de amadurecimento do ser humano ao longo da sua vida. Toda sua vida é eivada de oportunidades que o fazem ter opções de crescimento, de amadurecimento, de dizer sim, de dizer não, de desenvolver características boas ou ruins, melhorar ou não o seu caráter. A mediunidade é mais uma oportunidade. O veículo mediúnico tem acesso ao mundo material e ao mundo espiritual, tem a grande oportunidade de sintonia com seus mentores para ter suas orientações ou se for de seu arbítrio ter intercambio com outros tipos de entidades. A mediunidade é uma oportunidade, mas é a vontade do ser humano e a sua inteligência que faz ela ser um veiculo ruim ou um veiculo bom, um veiculo útil ou um veiculo que traga sofrimentos.
Falando em sofrimento, é importante lembrar aos filhos que o acesso dos filhos às casas religiosas se dá, na sua grande maioria, pelo sofrimento. Filhos buscam a casa religiosa para solução de problemas emocionais, para auxilio em problemas financeiros, na busca de restabelecimento de saúde. Raros são aqueles que buscam Deus para agradecimento ou para divisão de alegrias. A maioria dos seres humanos busca na religião o alivio de suas dores. É importante também valorizar esta busca, porque é um caminho para se chegar a Deus. Se não existem outros caminhos, que seja a dor a forma de o reconhecermos e com isso melhorarmos. Mas é importante que o ser humano não se agarre à dor, porque na medida em que dizemos que o mundo Terra é um mundo de provas e expiações, filhos assumem um comportamento de que devem ser sofredores e abraçam a dor e a desilusão como se fossem uma bandeira ou um passaporte para as graças que Deus vos concederá mais tarde, como se o sofrimento fosse uma moeda de troca pela felicidade, quando não. Filhos quando partem do mundo material levam consigo exatamente o que foram na Terra. Se acumularam uma passagem de tristeza e de revolta, desencarnarão revoltados e tristes. Se filhos passam toda uma vida de avareza e de egoísmo buscando sempre o ter, o ter e o ter passarão para o lado de cá também arrastando consigo seu egoísmo e sua avareza.
É importante que filhos vejam e entendam que tudo aquilo que Deus manda visa o vosso crescimento, o vosso amadurecimento e o vosso aprendizado. Tudo que Deus manda tem intrínseca uma lição e é importante tentarmos ver qual a lição que Deus nos manda em todas as situações que este nos faz passar. Na medida em que percebermos isso, começamos a valorizar mais as experiências e aquilo que elas nos ensinam.
Que possamos então, fazer do sofrimento um aprendizado. Que possamos não fazer dele uma bandeira que nos identifique. A cada vez que sofremos nos sintonizamos com dor e com pensamentos de negativismo, mas a cada vez que procuramos ver no sofrimento um aprendizado passamos a ver nele um degrau para o crescimento. Então é isso que é importante que filhos façam. Ninguém quer errar, ninguém quer sofrer, mas a vida também é feita de sofrimento e de erros, como também é feita de acertos e de alegrias. É importante saber que tudo isso faz parte da vida e que o valor que damos a isso é que agregamos para o nosso dia-a-dia e para nossa bagagem espiritual.
Que saibamos tirar de tudo isso algo a fazer, porque o sofrimento ocorre quando nos afastamos do equilíbrio. Se nos afastamos do equilíbrio, devemos nos perguntar: o que fiz para me desequilibrar? Quais foram as ações que tomei que fizeram isso acontecer? Então cada vez que entramos em sofrimento, devemos sim reconhecê-lo, mas tentar entender o que fizemos para que aquilo acontecesse, porque todo sofrimento sempre tem uma parte de nossa contribuição, e com ele aprendemos a ser melhores em outras oportunidades não tomando as mesmas ações, atitudes e posturas, porque é assim que o sofrimento nos ensina: Como não agir para que ele aconteça.
Então tiremos de tudo que Deus dá aprendizado. Não abracemos a dor, abracemos o serviço, agradeçamos sempre, porque a vida inicia-se todos os dias. Todo o dia é dia de sermos melhores, todo dia é dia de buscamos ser melhores. São os desafios que temos que nos fazem sermos melhores. São as pessoas que nos testam a paciência que nos fazem demonstrar termos paciência. São as pessoas que nos ofendem que nos fazem desenvolver o perdão. Pois então são os desafios que fazem com que encontremos a nossa melhora. Então passem a observar os detratores e os dissabores, os chamados inimigos em alavancas do vosso progresso. Agradeçam por eles, orem por eles, não precisam se associar ou se nivelar a eles, mas façam deles oportunidades de serem melhores. É importante perceberem que muitas dessas alavancas de vosso progresso encontram-se ao vosso lado, no leito, no trabalho, porque Deus coloca as pessoas exatamente onde têm que estar e onde serão úteis. Judas foi útil a Jesus. Não fosse Judas, a missão de Jesus não teria a propulsão que teve.
Então agradeçamos por aqueles que nos fazem sofrer, porque são eles que nos impulsionam ao progresso.
Graças a Deus.