Sessão de Boiadeiros do dia 28/04/2018.


Mensagem do Caboclo Sete Flechas em sessão de Boiadeiros do dia 28/04/2018.

Graças a Deus.

Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês nesta tarde, em que mais uma vez filhos se reúnem em nome de Deus, em nome de Jesus e este prometeu que, sempre que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome que ele estaria presente. Sua presença é sentida por todos aqueles que buscam sua pratica, que buscam estar de baixo de sua bandeira. Sua mensagem ainda é atual nos dias de hoje, mas ainda segue com incompreensões.

Em um tempo, onde grassava a violência e a não aceitação de ideias divergentes, Jesus se fez presente trazendo a lei do amor e do perdão; onde vigorava a lei de talião, do olho por olho e dente por dente, vem Jesus e diz: ama seu inimigo; perdoe setenta vezes sete, faça ao outro aquilo que queria que vos fizessem. Trouxe uma reformulação de pensamentos que a alguns fez sentido e a outros não. E o tempo vem passando e seguem ainda essas palavras sem compreensão ou sem prática. Há aqueles que dizem que abraçaram a missão de Jesus, a sua mensagem, mas no momento em que é necessário praticar o perdão, o amor, o dar a outra face retrocedem um pouquinho em suas ações ainda reverberando dentro de si muito da incompreensão natural do ser humano quando o progresso que se impõe é o progresso moral, é o progresso emocional.

É o ser humano pertencente ao reino animal. Seu corpo, o veículo que o carrega no mundo de carne também recebe cargas de hormônios, há uma herança genética da animalidade. Tudo isso é natural e ainda é útil para que o próprio espírito que se encontra encarcerado em um corpo regido por essas energias possa ter a opção, possa experimentar o prazer material que o perdão traz. Experimentar permitir que o tempo flua e permitir se libertar por sua própria vontade através de posturas diárias para alçar vôos com a compreensão de si.

Tudo na sabedoria de Deus, que é infinita, vos coloca diariamente em condições e em situações de experimentarem a animalidade, a humanidade e a angelitude, para que possam ter a escolha. O vosso livre arbítrio vos permite isso. É o ser humano a criação de Deus dotada de consciência e linguagem. Nenhuma outra raça animal resistiu a tanto tempo habitando esse planeta, se multiplicando e ao mesmo tempo fazendo tão mal ao planeta. Então, é importante que o homem assuma a responsabilidade que suas escolhas vêm trazendo, não só de nível planetário, mas também e principalmente em nível individual.

É importante que o homem entenda que tudo que acontece ao universo acontece também no microcosmo, na sua própria essência. Todos os desequilíbrios que transitam em vosso mundo, também são possíveis de permear a vossa própria constituição. Daí toda a gama de enfermidades que acontecem em vosso mundo que são nada mais do que reflexos do desequilíbrio pelo qual passa o vosso orbe. O homem que se encontra em desequilíbrio, não só energético, mas também mental e emocional assimila essas vibrações e se desestrutura. Daí então as mais variadas formas de violência e de incompreensão.

É importante que o homem saiba lidar com o erro, é importante que o homem se permita o erro. Não que o homem busque o erro, mas que saiba que é passível de erro. Na medida que se compreende e se aceita como um ser que tem a possibilidade de praticar erros, consegue se perdoar, consegue se entender, consegue se permitir olhar os próprios limites e a partir daí pode ter a compreensão do seu semelhante. Deixa então de apontar o erro do outro porque sabe que ele mesmo é capaz de cometer erros iguais ou muitas vezes piores do que o seu semelhante.

Então, é conhecendo a nossa capacidade de desestruturarmo-nos que conseguimos buscar e traçar o caminho da nossa estruturação. Quando nos arvoramos de conhecedores de tudo, completamente sapientes e poderosos, que conseguimos articular palavra e pensamento, nos esquecemos da nossa fragilidade, nos esquecemos  da nossa capacidade de tropeços. Com isso tropeçamos e erramos.

E com isso tropeçamos e erramos com muito mais facilidade. Então vivemos uma máscara, porque diante do púlpito queremos ostentar a luz, mas em nossa intimidade praticamos atrocidades que não comungamos com ninguém e fazemos questão de que permaneçam de baixo do tapete.

Na medida em que assumimos nossa capacidade de erro, na medida em que nos  desnudamos diante de nós, conseguimos perceber onde as chagas estão abertas e ali aplicamos o remédio necessário para sua cicatrização e não raro o remédio é o autoperdão, o autoamor, a indulgencia por si e a busca da melhora no exercício diário da compreensão de si e a prática das coisas que levem à cicatrização das chagas morais que carregamos.

Então que possamos compreender que somos seres criados por Deus, que Ele habita em nós, mas que ainda estamos em fase de evolução. Não fazer disso a bandeira do nosso ócio, da nossa inércia e a justificativa para todos os erros, mas justamente fazer disso o degrau que nos levará à busca de patamares melhores da nossa evolução.

Graças a Deus.

 

Mensagem do Boiadeiro da Campina em final de sessão de Boiadeiros do dia 28/04/2018.

Graças a Deus.

Encerramos a reunião de hoje, mais uma reunião de exercício de mediunidade. Como o mano disse é importante desenvolver a coragem porque cada um aqui presente, cada médium, tem em si as condições de ser útil. Muitas vezes o médium se boicota, deixa de acreditar em si; pela falta de estudo formal pensa que não pode dar tal ou tal passo. Muitas vezes a sua insegurança, gerada por uma vida de perdas, o faz pensar que não tem condições de fazer tal coisa, mas a espiritualidade tem a sabedoria de ir experimentando filhos pouco a pouco; de ir colocando gradativamente em vossas mãos pequenos afazeres que vão capacitando a pessoa para ser um médium mais ativo e uma pessoa melhor, mas a pessoa tem que querer. Muitas vezes a pessoa se acomoda no trabalho mediúnico pensando que somente ir lá e cumprir com sua obrigação já basta, mas o cumprir com uma obrigação traz cansaço.

Então é importante que filhos comecem a se perguntar: O que eu vou fazer no terreiro nesse dia? O que eu posso fazer de útil? O que eu tenho de bom que posso contribuir? E não somente ir lá para se sentir bem, para ser mais uma esponja a sugar as energias. Isso é bom, isso é saudável, a casa doa energias naturalmente, mas é importante filhos perceberem e é necessário também que filhos comecem a se sentir capazes de contribuir para que possam sentir-se úteis. Saírem do tão somente pedir, pedir, pedir.

É importante que o médium comece a doar um pouco de si. E esse doar filhos, não é o doar que aparece, o doar que faz ser visível a todos; não. É o doar da pequena oração por alguém que está precisando, que sentimos que necessita de nossa energia positiva; é o perguntar onde posso ser útil? O que eu posso fazer para melhorar? E realmente ir a busca desse afazer, porque quando dizemos que somos uma engrenagem, em uma engrenagem todas as pequenas rodinhas funcionam. Umas giram mais rápido, umas giram mais lentas, mas todas, em união, fazem o sistema funcionar.

E é importante que filhos busquem não vibrar com o erro do outro, não se satisfazer com o erro, porque nessa busca de querer ser útil, muitas vezes o ser humano, o médium, pode extrapolar em alguma coisa, ou errar por não saber, ou simplesmente porque o erro é passível de acontecer.  Muitas vezes começamos a apontar e a vibrar com o erro do outro. Isso é tão maléfico quanto uma enfermidade. Então diante de um erro, de um engano de alguém, entremos em oração para que a pessoa desperte. Se podemos ajudá-la a corrigir-se ajudemo-la, mas busquemos não alegrarmo-nos com o erro do outro. E cada vez que filhos perceberem-se em erro o caminho mais correto é parar, respirar, pedir auxilio e corrigir-se.