Sessão de Boiadeiros do dia 17 de Março de 2018.


Mensagem do Caboclo Sete Flechas em sessão de Boiadeiros do dia 17 de Março de 2018.

Graças a Deus, que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês nesta tarde.

Disse Jesus que a cada vez que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome ele estaria presente; pois assim é em todas as casas de Deus que têm Jesus como exemplo, como ápice de evolução. Assim são todas as casas religiosas que se congregam sob o nome de cristãs; que trabalham de acordo com os ensinamentos do mestre da Galiléia. Assim prometeu que cada vez que se reunissem em seu nome estaria presente, porque sua palavra se faz presente ainda hoje, se faz atual diante de todos os acontecimentos da vida do ser humano. Toda vida de Jesus é um exemplo para que os filhos possam se espelhar.  Qualquer desvio dela é sofrimento ou perda de tempo.

Então que filhos possam ter a consciência de que existe uma diretriz e que cabe a filhos abrirem os ouvidos e os olhos de ouvir e de ver, para que possam encontrar a tranqüilidade. Se o homem sofre é porque está fora da bandeira que Jesus estendeu, se o homem tem dúvida é porque ainda não assimilou a fé que Jesus professou.

Assim como tudo aquilo que cerca Jesus é permeado de verdade e de luz, assim o era sua família. Lembramos a proximidade do dia de São José pelo dia 19 de março e São Jose nos traz a lembrança de assumirmos responsabilidades que chegam até nós muitas vezes sem perguntarmos ou esperarmos, mas que aceitamos e cumprimos com a nossa tarefa porque sabemos que temos um dever a cumprir.

Existe o sim que Maria deu à anunciação do anjo Gabriel colocando-se como serva do Senhor e que fosse feito nela de acordo com a Sua vontade, mas também São José deu o sim, e o sim de Maria nada serviria, diante da conturbada sociedade daquele momento, se não fosse a aceitação de São José de uma jovem grávida e que não era dele. São Jose assumiu responsabilidades, São José foi adiante com a sua paternidade adotiva, por assim dizer dentro da mitologia cristã, e São José seguiu com louvor educando o rebento que chegava até ele.  São José nos traz a missão da família, São José nos traz o compromisso que temos com a família, São José é o chefe da família Sagrada, mas sempre lembramos a vocês que todas as famílias são sagradas e observamos a degradação que a família vem passando ao longo da então chamada evolução da espécie humana. Como que a conquista da tecnologia, o desenvolver da inteligência, e o complicar-se da sociedade, trouxe para a família rompimentos, como que a emancipação da mulher foi mal compreendida, como que as várias transformações da família interferiram nos relacionamentos. A mulher, antes dominada, passou a comandar a família. Vemos hoje famílias comandadas por mulheres ou famílias só de mulheres. E tudo isso trouxe ao ser humano um desassossego, tudo isso vem trazendo ao ser humano uma ansiedade e muitas das vezes dúvidas e julgamentos. É importante lembrar a vocês que a família é sagrada seja qual for a sua composição, porque a família em sua base, existe confiança, existe respeito, existe afeto e existem responsabilidades mútuas para que essas bases sigam dando a liga necessária para a construção desse ambiente chamado lar.

Vemos também como a família vem se desconstruindo. Antigamente quando o casamento era indissolúvel víamos uma família perene, mas era uma família oca, vazia de significados, porque não havia respeito, tão somente uma estrutura para satisfazer os olhos da sociedade.  Mas também vemos com tristeza as famílias efêmeras, as famílias que se montam hoje para daqui a meses se desfazerem, como se filhos tivessem que trocar vossas responsabilidades e parceiros tal qual as plantas se renovam a cada ano em sua folhagem.

É importante filhos entenderem que seja a família perene ou temporária que haja ali a intensidade do respeito, do amor e da confiança para que possam funcionar como pessoas que constroem mentes.  Porque toda família é importante, porque dentro dela encontramos seres em formação que serão adultos no futuro. Então muitas vezes filhos têm dúvidas se o casamento é eterno; “Como acontece comigo se já não pertenço mais a uma família?” Dizemos a vocês que enquanto houver claro, o respeito e admiração, existe a continuidade da família. Todo momento de rompimento é embaraçoso, traz dúvidas e dores, mas é importante que o ser humano encontre dentro de si a semente da compreensão, a semente que vai fazer entender o que cada um pode ser para o outro naquele momento e compreender que relacionamentos e elos se modelam ao longo do tempo. Passada a mágoa, passado o ódio, passada a raiva (que são temporários e se delongam enquanto o ser humano os alimentar) esses  laços poderão se transformar em laços mais saudáveis. Se não conseguirem isso nessa encarnação o farão dolorosamente em outras, então que possam entender que a responsabilidade é do ser humano de manter ativos e sadios os laços que criou ou que vêm pela lei de afinidade.

Que com tudo isso filhos possam perceber que o ser humano precisa de uma família. Esfacelada ou não, que haja amor e compreensão, que haja com ela toda a oportunidade da queima do carma e da melhora intima e do retificar de todos os males que assolam o ser humano provenientes da vaidade e do egoísmo. Muitas vezes o excesso da mágoa é excesso de vaidade; então que filhos possam perceber o quanto permitem que a vida seja o cinzel do grande artista que talha a pedras e retira os cascalhos transformando em obra de arte a pedra bruta; assim é a vida. Quanto mais o ser humano se endurece com a vaidade, com a dúvida, com a falta de fé em Deus e em seus desígnios, mais sofre. Então que sejamos dóceis a tudo aquilo que Deus manda e a tudo aquilo que fazemos com nossas ações que nada mais são do que retornos que vamos assimilando.

Que possamos entender que cada vez que acordamos, que cada dia que nasce é uma oportunidade de sermos melhores que o dia anterior. Então que todas as mágoas, todas as dúvidas, todos os indesejáveis sintomas de revolta possam ser trabalhados de forma a que sirvam de reforma íntima, lutas interiores que travamos e que precisamos olhar no espelho da alma e ver onde estão as nódoas que precisamos clarear. Assim cada dia se torna uma oportunidade de crescimento e de luz.

Percebamos também a força que a palavra tem, a força que a palavra proferida traz. Se cada pai, cada mãe, soubesse a força que tem a sua palavra não maldiria seus rebentos na hora da raiva. Então é importante entendermos o quanto de energia estamos veiculando com a palavra professada com a emoção. Pois então que saibamos abençoar mais e maldizer menos, lembrando que a força do retorno se faz presente queiramos ou não. Então a cada vez que usamos a palavra para o bem e o pensamento para construir, teremos de volta ondas de retorno positivas. E ai teremos menos enfermidades mentais, menos enfermidades emocionais, porque estaremos nos preparando para o retorno daquilo que fizemos de bom e não do desequilíbrio que polui tudo a nossa volta.

Graças a Deus.