Mensagem do caboclo Sete Montanhas em sessão de mesa do dia 11 de fevereiro de 2023.


Graças a Deus.

Bendito e louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Bendita seja esta hora, este dia.

Bendito seja cada segundo que passa por nós, nos impulsionando para o futuro.

Temos atrás de nós o tempo que nos consumiu. Que este tempo se transforme no alicerce de quem somos e quem somos hoje se transforme no alicerce de quem seremos. O modo como vivemos, cada segundo que passa por nós, é a marca que fica em nossa essência. A escolha é sempre nossa de como viveremos cada momento e tudo aquilo que lhe traz consigo. 

Se viveremos a alegria com gratidão, se viveremos a tristeza com aprendizado, ou se deixaremos que a ansiedade permeie cada momento que por nós passa, precisamos identificar em nós a pessoa que nos observa, a pessoa que ao longo do tempo, a todo momento nos vê. E se esta pessoa que habita em nós, nos reconhece no passar do tempo é a nossa evolução ou se nada pelo o que passamos nos transformou, estamos parados no tempo em que pensamos ter vivido.  Sejamos dóceis ao tempo, sejamos dóceis à vida, mas essa docilidade não pode ser confundida com apatia. Seja a vida o artífice que molda o nosso caráter. Aceitemos tudo que nos chega com a ânsia do aprendizado e nos modele a vontade e nos modele para sermos servos distribuidores de benefícios, pois não há maior prazer para a criatura endividada com a lei do que o serviço de amor ao próximo.

Que saibamos identificar no aprendizado da matéria tudo que ele reflete no mundo mental e no mundo espiritual, pois não basta sermos artificies da matéria, não basta sabermos manipular os bens materiais. O dinheiro, as ferramentas, comportamo-nos em sociedade, termos no âmbito da matéria desenvoltura e o reconhecimento de que este mesmo adestramento e desenvoltura se reflita no plano mental, no plano espiritual. O homem precisa evoluir nos três planos. Desenvolver a tecnologia para facilitar o seu dia a dia, mas ao mesmo tempo desenvolver a sua mente, a abertura dos seus canais, a permissão de que os valores nobres se estabeleçam e que a espiritualidade vivida por ele também seja agregadora de paz e de bênçãos. Caso contrário seremos exímios seres viventes na materialidade com o coração cheio de ansiedade ou de rancor. Saibamos acompanhar a evolução material, mas também impulsionar o modelo mental e o modelo espiritual, para que a inteligência sirva ao bem, para que a mediunidade sirva ao bem, para que a tecnologia sirva ao bem. O propósito da criatura em evolução é o servir ao bem, ao progresso espiritual. Que promova justiça a todos e não apenas a justiça que agrada a alguns. Tenhamos noção de que somente nos desvencilhando do egoísmo poderemos encontrar a leveza dos seres de luz.

Mal interpretada é a parábola do óbolo da viúva que deu do dinheiro que tinha para a caridade e é apontada como quem realmente praticou a caridade porque tirou de si para dar ao outro. Mas se pensarmos no mundo material pouco retiramos de aprendizado e observamos a viúva como uma tola que tirou de si e agora é ela quem necessita da caridade que ela mesma ajudou; mas se transbordamos a postura da viúva que tirou de si para o outro, para o mundo mental, para o mundo espiritual a parábola tem muito mais sentido. Porque o saber, quanto mais doamos, mas ele cresce em nós. A caridade, que é o amor em ação, quando a praticamos no âmbito mental e espiritual, mais cresce em nós. Porque somente no plano espiritual e mental a divisão multiplica. Quando dividimos o conhecimento, a parceria, o amor, o perdão, quando retiramos de nós esses sentimentos e valores e exemplificamos dando ao outro, aí sim a caridade do óbolo da viúva faz sentido porque tirou de si para dar ao outro para ser exemplo. Porque enquanto existir uma pessoa boa no mundo a humanidade está na direção da salvação. Porque o bem precisa ser contagioso, o bem precisa ser distribuído, o bem precisa ser preservado e somente retirando o bem que há em nós é que seremos realmente contribuidores na obra de Deus que aguarda por todos. 

Saibamos doar os nossos esforços para qualquer criatura existente. Saibamos tirar dos olhos a venda que obscurece e atrapalha a nossa diretriz evolutiva. Pensemos em todas as pessoas que cruzam o nosso caminho como degraus para o nosso progresso. Algumas auxiliam impulsionando, conosco crescendo e seguindo a diante. Outras servem como exercício da musculatura moral, da musculatura do perdão, para que exercitando o amor e o perdão façamos com que eles sigam vivos em nós. E percebemos que quanto mais alimentamos o bem e o perdão em nós, mais encontramos o apoio para seguir a diante porque retorna de dentro de nós a certeza de vivermos e cumprirmos com o nosso dever. 

Que todo conhecimento seja compartilhado, mas observemos e saibamos homeopaticamente distribuir na medida da capacidade das pessoas que atendemos, enquanto isso, seja o exemplo o melhor ensinamento que temos para dar.

Graças a Deus.