Graças a Deus.

Bendito e louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Bendito e louvado seja este momento de comunhão, de estudo e ainda assim de trabalho. 

Bendita seja a estrada que caminhamos. 

Que possamos olhar por cima dos ombros e ver o quanto caminhamos e não tanto o quanto falta para caminhar.

Não estejamos preocupados em alcançar a evolução. A evolução é a própria estrada que se caminha infinitamente, pouco a pouco. Às vezes nos demoramos em alguma parte do caminho repetindo lições, nos perdendo na dúvida ou simplesmente descansando, angariando forças para seguir a caminhada. Mas quando caminhamos com a determinação do aprendizado e do servir, caminhamos tal qual nos aconselha a cantiga que diz que a estrada é longa e que o preto velho anda devagar. Que é devagar, é devagarinho, mas quem caminha com o preto velho nunca ficou no caminho. 

Quando temos como farol as almas que já trilharam os caminhos que percorremos, temos a certeza de que independente da velocidade alcançaremos algum lugar onde teremos respostas que nos induzirão a outras perguntas, porque a estrada é infinita. Não nos preocupemos com a velocidade da evolução, mas sim com a sua direção, muito mais importante do que a velocidade é a constância e a direção do caminho que temos que seguir. Muito mais importante do que o quanto falta é o quanto já percorremos. Isso alivia o coração. Isso aquieta a culpa, isso desacelera a ansiedade. 

Se cada um está onde tem que estar, estamos no estágio de aprendizado exatamente, no exato ponto em que nos colocamos. Aproveitemos a jornada e sigamos com diretriz tendo como farol as almas iluminadas que já trilharam este caminho porque elas nos dão a certeza de que ele e possível. 

Aliar-se com as hostes do bem, seguir os passos das almas de luz, é o convite que Jesus nos faz diariamente, mas tanto ele como nós sabemos que Jesus não nos convida ao trabalho fácil ou ao caminho ameno. Ele nos convida ao trabalho íntimo e ao árduo caminho do autoconhecimento e da libertação do peso que acumulamos. E nesse caminho encontramos a quem amar, encontramos quem nos ama, mas também encontramos pessoas de pouca sintonia. Independente do amor ou da pouca sintonia todos que cruzam nosso caminho têm aprendizado a nos oferecer como também nós temos algo a oferece-los.

E assim como quando vamos em uma venda e recebemos o troco, não perguntamos ao vendedor se o dinheiro que recebemos de volta, antes passou pela bolsa de um malfeitor ou de um homem de bem, aceitamos o dinheiro pelo valor que ele tem.

Que assim seja o aprendizado que a vida nos traz. Aceitamos tudo que o outro nos oferece pelo aprendizado que ele encerra. Toda situação de vida é oportunidade de acumulo de conhecimento. Então abracemos mentalmente e simbolicamente todas as pessoas que nos ensinam algo. Acolhimento do ensinamento para que o aprendizado encontre o alicerce para seguir construindo o nosso caráter e a nossa história.

Graças a Deus.