Mensagem do caboclo Sete Montanhas em sessão de Exus do dia 06 de abril de 2024.


Graças a Deus.

Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde em que filhos se reúnem em nome de Jesus.

Como prometido por ele; a cada vez que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome, ele estaria presente. Aqui estamos nós honrando a memória de Jesus que transitou em nosso mundo espalhando a mensagem de fraternidade, de acolhimento, de congraçamento, de inclusão.

Que sigamos buscando caminhar nos passos que Jesus indicou, sabedores de que todos aqueles que se aliam à bandeira do Cordeiro abraçam um trabalho incessante, um trabalho que não é fácil, porque busca clamar a criatura à vigia constante de seus pensamentos e suas ações, para que todos sejam condizentes com a bandeira da paz que ele pregou; com a bandeira do comportamento correto e limpo que ele pregou; com a pureza de caráter, com a pureza de intenções, com a pureza em todos os sentidos que a criatura humana se manifesta. Sendo ela multifacetada é difícil para o ser humano, ainda em estágio evolutivo onde a vaidade se faz presente de tantas maneiras sutis ou ostensivas, seguir os passos que Jesus orientou para que possa ter o seu comportamento de maneira que possa concatenar suas ações numa diretriz de paz e de harmonia, porque em alguns momentos sim, o ser humano consegue, mas em outros momentos o seu ego ainda dói quando precisa ainda dar de si, quando precisa encolher um pouco para que possa o outro crescer.

Neste dia, onde ontem os filhos comemoraram o dia dos filhos, é importante lembrarmos que para que exista um filho é necessário que também exista um gerador desse filho, um pai, uma mãe. Então a cada vez que nasce um filho, também uma mãe e nasce também um pai. E a cada vez que filhos nascem, mesmo que sejam dos mesmos genitores, a cada nascimento nascerá também um pai e uma mãe diversos; porque cada criatura em si é um universo, é uma diferenciação e o relacionamento para com os seus antecessores, será também em algum momento diverso, porque precisamos encarar o ser humano como individualidade.

Há pouco tempo alguns animais começam a apresentar-se nas personalidades diferentes, com gostos, com objetivos, com características de comportamentos diferenciando-se da sua espécie, mas o ser humano, a humanidade vem fazendo isso há muito tempo denotando a diferenciação de cada um, a sua individualidade e a sua consciência. A consciência nasce do contraste, a consciência se faz presente quando se percebe a diferença e é isto que é importante para que possamos seguir com a nossa trajetória, porque a própria mensagem de Jesus que busca a unidade, também vem de confronto à individualidade de cada um e essa luta é que faz o burilamento da criatura.

Precisamos estar em um mesmo objetivo, em uma mesma bandeira nos protegendo, mas entendo que cada um tem sua característica e individualidade e, sem jamais nos impor aos outros, precisamos fazer com que estas linguagens diferentes se harmonizem, se comuniquem e façam um colorido coeso de acordo com aquilo que se espera que o ser humano seja; um ser humano.

Uma das mais belas e oportunas oportunidades de exercitamos o apagamento do ego, o diálogo com o semelhante é quando somos chamados à posições de poder e de autoridade. Não falamos estamos falando em poder e autoridade com hierarquias demasiadamente demarcadas como o poder financeiro, mas o simples status de sermos um pai, um irmão mais velho, alguém com um pouco mais de experiência, já nos porta, já nos traz algo de autoridade e que precisamos utilizar como uma ferramenta para o nosso próprio crescimento. E o exercício da autoridade só é bem realizado quando utilizado com o conhecimento da ferramenta chamada amor. Não o amor banalizado que tudo permite e que tudo sorri e que tudo adora, mas o amor que educa, o amor que diz o não, que diz o sim, e que diz também eu perdoo e também me perdoe. O exercício da humanidade através da oportunidade do exercício do poder dá à criatura a noção de quão efêmero é o poder, de quão efêmera é a vida, de quão efêmero é o tempo que vivemos e que precisamos aproveitá-lo para que não percamos oportunidade de crescimento, porque todas as experiências mal sucedidas, todos os ciclos inacabados se repetirão até que as criaturas se harmonizem.

Então, para que o tempo seja melhor aproveitado, apaguem a vaidade. Apaguem a vaidade, apaguem o ego sem que com isso o destruam. Porque toda vez que um ego infla demais, toda vez que um ser humano se sente sempre sente atacado, se sente sendo vilipendiado e não ouvido e desrespeitado, atendamos ao apelo de Jesus que diz: aplaque a sua vaidade. Deixe de lado tudo isso que exacerba a dor e vamos buscar o trabalho do servir, porque é servindo que vamos compreendendo o outro.

Voltamos a dizer todos que se encontram em posição de poder precisam aprender a servir para que possam através do saber comandar, compreender cada um daqueles que ele comanda, porque são como filhos e, cada filho tem a sua linguagem, cada filho tem a sua necessidade e todo contraste nos faz perceber o quão precisamos nos educar para que a vida em grupo em um mesmo teto, em um mesmo ambiente seja saudável para que possamos fazer dela o melhor que podemos e todos os ciclos inacabados ou mal vividos tendem a se repetir até que todas as lições sejam bem aproveitadas e consigamos viver em paz e harmonia.

Graças a Deus.