
Graças a Deus.
Bendito e louvado seja o nome de nossos senhor Jesus Cristo.
Abençoa-nos Senhor nesta manhã, abençoa-nos Senhor, governador do planeta azul. Derrama seus fluídos de paz em todos os cantos do orbe, alimentai de esperança os corações sequiosos de paz, de harmonia e de perdão. Dá a esses que se encontram ligados à matéria, a matéria terrícola, a capacidade de compreender que fora do perdão e do trabalho, não existe lenitivo para almas endividadas.
Derrama também do plano astral, na consciência de toda entidade, perturbada ou perturbadora, o arrependimento para que através dele, o longo caminho de retorno a ti seja possível. Abençoa a todos os que sofrem, abençoa a todos os que perdoam, abençoa a todos os que trabalham, abençoa a todos os que ignoram. Que a humanidade perturbada, desligada dos seus valores, possa encontrar na figura dos grandes mestres, de todos os espíritos que ascenderam através do trabalho da caridade, o caminho para encontrar a harmonia e a paz. Não existe em todo o orbe, terra que não seja necessitada da mão curadora do mestre Nazareno a guiar as almas em sofrimento.
Disse-nos Jesus: “as aves tem seus ninhos, as cobras tem seus covis, mas o filho do homem não tem onde pousar a cabeça“. E Jesus não se referia nem a aves, nem a ninhos, nem a cobras e nem a covis. Nos remete ao ponto de equilíbrio que toda humanidade precisa encontrar. Não falava nem mesmo de si mesmo. Convoca o homem a evitar a polarização, o excesso, a fixação de ideias, de atitudes, de crenças, pois ninguém é tão leve quanto a ave, ninguém é tão ardiloso quanto a serpente; somos seres humanos. Enquanto seres humanos não temos onde pousar a cabeça porque a dúvida nos assola, nos assalta e nos persegue, mas esta dúvida é irmã e conselheira a nos fazer repensar a trajetória a todo momento. O filho do homem não tem onde pousar a cabeça porque a cabeça a todo momento está sendo invadida, bombardeada pela dúvida ou pela certeza, mas a todo momento buscando adaptar-se e o caminho para adaptação será o trabalho daquilo que ocupa a mente de forma saudável.
Imperioso se faz o perdão à toda criatura vivente em um mundo de expiações e provas. O perdão é o remédio para cicatrizar todas as feridas que ardem no perispírito e na mente de todo ser encarnado ou que habita, transita nos planos espirituais envolvidos pela atmosfera terrícola.
O homem tem dificuldade em perdoar porque confunde o perdão com uma emoção. O perdão advém de uma emoção, mas o perdão é uma decisão da criatura em mudar o seu estado vibracional. Pessoas, situações, momentos de desassossego, de ira, de revolta, de mágoa despertam uma emoção que ancora a criatura em um momento que não passa e o passado está sempre presente e a emoção está sempre ali.
Uma palavra, uma atitude, uma perda, um olhar, um insulto, um silêncio despertam na criatura a emoção da ira ou da mágoa que se fixam, mas quando a criatura decide, quando a criatura utiliza o conhecimento amorosamente derramado e aprendido através do trabalho que realiza, ela decide higienizar-se emocionalmente. Ela decide permitir que aquele momento passe a ser um momento de aprendizado e não um momento de dor e ela decide deixar ir, ela decide perdoar, jamais esquecendo porque o perdão não requer esquecimento, ele requer decisão, mudança de atitude, mudança vibracional acessando a consciência para degraus superiores da mente que dominam a emoção e não se deixam dominar, nos colocando acima do pêndulo da vida que, ora nos coloca como vítimas, ora como algozes, ora como aves, ora como serpentes, que ao seu próprio modo de ser, ora se aninham nos ninhos ou nos covis, mas quando nos igualamos ao filho do homem, não temos onde pousar a cabeça, porque sabemos que nosso local é acima de toda materialidade excessiva. É vibrar com os planos superiores que nos esclarecem e fazem a união de todos os planos, para que a harmonia se faça e que a paz sempre vença todos os obstáculos, que na verdade são degraus de nossa ascensão.
Graças a Deus.