
Graças a Deus filhos. Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde, em que se reúnem em nome de Jesus, em que se reúnem para mais uma prática de vossa religiosidade, através do exercício mediúnico, dentro do ritual de um terreiro de Umbanda, em que filhos vêm para exercitar o convívio, as ferramentas mediúnicas, para o trabalho a que se propuseram, dentro da linha de desenvolvimento que o templo vos oferece. Então que possam todos seguirem com a prática, porque essa repetição é que vai direcionar filhos para uma prática melhor.
Aqueles que não exercitam, não se capacitam. É importante sabermos que o conhecimento vem da prática, a sabedoria vem com o tempo. A Informação vem com os livros, vem com a busca, vem com a pesquisa, filhos se informam, mas não quer dizer que são doutos; é preciso que o tempo os capacite com a experiência e que a experiência seja válida, para que, neste somatório, filhos alcancem a sabedoria. A sabedoria neste âmbito, a sabedoria nesta prática, porque outras práticas, outros âmbitos requerirão a mesma atitude de busca de informação, de busca de conhecimento, de aprendizado, de prática. Esse é o ciclo de aprendizado de toda criatura ao longo de suas experiências reencarnatorias, mesmo ao longo do tempo entre o berço e o túmulo, que querem conhecimento de todas as coisas, é preciso somar, essa busca da informação com a prática saudável, para que então o tempo vos capacite.
Então entendam que o tempo que passa, ele não pode ser vazio, o tempo é algo extremamente perecível, que o ser humano ainda não conseguiu compreender o seu valor. Tanto que tempo não se compra, tempo não se usa como moeda, filhos não podem doar o tempo que têm para que o outro viva mais ou subtrair do outro seu tempo para o seu próprio prazer e benefícios. O tempo é algo que o ser humano ainda está por compreender para que possa transitar nas várias fases do tempo e possa entendê-lo e melhor aproveitá-lo.
Então que o ser humano encarnado abrace, absorva essa missão de fazer com que este tempo seja algo que agregue positivamente em vossas vidas e aí começarão a valorizar o que realmente é importante. O que é importante para um, o que é importante para o outro e respeitar esses graus de importância, para que todos consigam dentro deste tempo, que a encarnação dá, vivencia-la com o máximo de sua potência, para que não precisemos esperar que um tempo propício chegue para dedicar-se a algo ou impedir-se de fazer algo, porque temos que usar este tempo para outros. Quando começamos a entender a importância do tempo, começamos a melhor utilizá-lo e encontrar prazer e utilidade nas pequenas coisas e ao mesmo tempo entender o que realmente é pequeno, a ponto de ser desprezível, para não nos envolvermos, para que não nos ataque, para que não nos atrase e assim são as pequeninas quizilas e brigas, muitas vezes familiares ou por coisas, por posses, que ficarão, perecerão e deixamos de aproveitar o melhor tempo que temos com o melhor das pessoas.
E passaremos a entender também a importância da palavra, a importância da língua, a importância da comunicação e pegarmos esse tempo e o bom uso da palavra e alavancarmos a nossa existência. Porque a palavra, sim , essa nos identifica muito mais do que nossas roupas, muito mais do que nosso grau de instrução. A palavra nos identifica pela emoção que porta ou pelo seu teor. Se é chula, se é repleta de raiva ou de amor. A palavra, a emoção, identifica o ser humano antes que esse possa apresentar-se. Seu modo de identificar-se no mundo, como trata outros, tanto subalternos como superiores, sua forma servil excessivamente ou sua forma agressiva, grosseira e vaidosa, a palavra, a postura falam muito mais de um pessoa do que os seus papéis de identificação.
Então que possamos aproveitar o tempo e o bom uso da palavra para que possamos dentro da oportunidade que a encarnação dá, vivermos de maneira saudável, promissora, poderosa, a missão que temos a cumprir; que não é a de ser melhor do que ninguém, nem a de ser servil a ninguém, mas de ser um contribuidor do mundo, participador da sua evolução. Deixamos de direcionar a vida do outro e permitimos que a nossa vida seja direcionada por aquilo que vai nos impulsionar a sermos pessoas melhores. O que é ser uma pessoa melhor? É conseguir funcionar em todos os ambientes, é saber que se é necessário, sabendo que podemos ser substituídos e sermos felizes ainda assim. É estarmos presentes para o que preciso for, mas também se não estivermos presentes, não nos sentirmos culpados por isso e deixamos de encontrar desculpas para auxiliar o outro ou para não fazermos o nosso trabalho. É funcionar como ser humano assim como a própria natureza funciona. Se é hora de brotar a semente brota, se é hora de morrer a planta morre. Funcionarmos, fazermos o que nos cabe e seguirmos sendo felizes com isto.
É a simplicidade da existência, o bom uso do tempo, o bom uso do palavreado. Abrirmos caminhos com bondade e com doçura para que as marcas que deixamos no mundo, sejam as marcas que os outros queiram seguir.
Graças a Deus.