Mensagem Dona Molambo em sessão de Exus no dia 02 de agosto de 2025.


Muito boa tarde a todos! Como estão todos?

Todos: Bem graças a Deus e a Senhora?

D. Magdalena: Em trabalho, com a graça do altíssimo, com a graça daquele que tudo vê, que tudo sabe, que sempre existiu e que sempre existirá. Aquele que acima dele nada existe, estou abaixo dele, onde deveria estar e me sinto feliz com isso. Não briguemos com ele, aceitemos; esse é o nosso papel. Ele não se impõe, ele está, é imanente, não se incomoda com aquilo que não lhe atinge, a nossa indiferença, a nossa pequenez, a nossa falta de conhecimento. Olha todos nós como receptáculos que precisam ser preenchidos por ele, mas cada um se abre em um tempo, de uma maneira, é preenchido de várias formas, por vários caminhos e ele está em tudo, mesmo quando não compreendemos, mesmo quando não o reconhecemos, porque todos somos de Deus.

Nada existe no mundo sem a sua permissão, mesmo as coisa que olhamos e não compreendemos, dizemos: “Onde está Deus?”. Está ali também, fazendo-se cumprir na dor, fazendo-se cumprir no carma, fazendo-se cumprir para que seja entendido. Muitas vezes nos rebelamos, não aceitamos e ele segue realizando o seu trabalho. É imanente, ele emana, ele simplesmente é, porque só ele assim pode ser, basta aceitar. O tempo ou o cansaço ou a dor abrirão as portas para que ele entre, mas se querem um conselho, aceitem e será mais fácil, ele estará lá de qualquer maneira.

E chega um tempo em que o ser humano diz: “como fui infantil. Como não vi isso antes?”. Nas pequeninas coisas, nas mais corriqueiras ou naquelas que queremos modificar, naquela que queremos que seja do nosso jeito, porque o nosso egoísmo assim pede e nos impede de vê-lo. Ele está na pessoa que nos incomoda, ele está na pessoa que fala mal de nós, ele está naquele que se opõe aos nossos planos, que está em nosso caminho. Se nada existe sem a sua permissão, sem a sua vontade, ele está em tudo; agucemos o olhar para entender que linguagem ele está falando conosco. Porque ele fala todas as línguas, mas aonde ele mais se encanta é na linguagem do amor. Passem a amar, mas iniciem o amor com a fagulha do respeito e ele se acenderá e passaremos a compreender muito melhor as coisas.

Estejamos prontos para o chamado dele, estejamos prontos com os ouvidos bem atentos, olhos também de ver e a língua de falar as coisas que sejam verdadeiras, calando-se diante do que desconhecemos, calando-se com excesso da raiva ou de medo, calando-se com todos os excessos e falando quando formos preenchidos pela plenitude. Porque a plenitude não é excesso, a plenitude é a satisfação e a satisfação exige pouco, não pensem que a satisfação quer locupletar-se. A satisfação pede somente o necessário e é por isso que Deus habita na simplicidade. Tão somente o necessário porque tudo que vier em demasia, será demasia, será o demais, assim é no trabalho mediúnico, assim é na vida cotidiana, assim é no relacionamento, assim é no trato com qualquer pessoa. Necessário e o necessário se amplia, na medida em que o conhecimento e a paz se fazem presente.

Magdalena está muito filosófica hoje, mas é necessário para estimularmos o pensamento, porque a religiosidade não é só a prática , não é só o saber como faz, não é só uma matemática de 1+1, é algo mais. É a plenitude, onde 1+1 é mais do que 2, onde 100 é apenas 1. Isto só vem com conhecimento, com a simplicidade em buscar saber o porquê e o para que e não apenas o como. Enquanto o mago, enquanto a feiticeira, enquanto o médium só quer saber como, como, como, todo aquele conhecimento se vai, porque não cabe na mente do ser humano tão somente práticas e somatórios, tudo o que está por traz, o amor, a simplicidade, tempo faz o tempero desse crescimento que muitos esperam.

“Como eu faço pra isso?”

“Como eu faço pra aquilo?”

Não interessa, a vida e a necessidade vos ensinará. Coloquem mais amor nas vossas práticas e menos curiosidade. Tudo se completará. Uma vela e um copo d’água tem muito mais poder do que uma lauta e colorida oferenda ou do que palavras muito rebuscadas ou do que complexidades.

Crianças crescidas com angu e feijão tem tanta inteligência quanto as que frequentam as escolas cheias de pompas e de salamaleques. É na simplicidade que se cresce. Não que não seja necessário a pompa e os salamaleques, também fazem parte da vida, mas a base, a boa base dá pra qualquer ser humano a força e o alicerce para ser uma pessoa do bem e na simplicidade.

Existe uma ordem, uma sintonia do universo que faz com que cada templo seja responsável por aquilo que ele precisa atender. Deixe que a lei da sintonia funcione, que venha a qualidade, deixemos a quantidade para depois. Sejam médiuns de qualidade e aí assim estarão se sentindo plenos e completos em vossas funções.

Axé.