Mensagem do caboclo Sete Montanhas em sessão de mesa no dia 19 de julho de 2025.


Graças a Deus, bendito e louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Graças a Deus, graças te damos amigo mestre Jesus por mais esta oportunidade de trabalho, de convivência junto aos encarnados, no direcionamento destes que se colocaram debaixo de nossa orientação, na expectativa da oportunidade de trabalho e de crescimento. Sejam a mediunidade e cada templo religioso entendidos como hospitais e escolas. Hospitais onde se tratam feridas emocionais, onde se tratam as feridas da alma e onde se adquire o conhecimento e onde se exercita, para que se adquira a experiência. Que saiamos de traz dos livros e passemos à prática saudável do aprendizado. Tudo que vivenciamos, que observamos acumula-se em nossa memória e vamos construindo arquivos mnemônicos de tudo que experienciamos.

Para você que há um tempo curtíssimo passou pelo batismo, ainda recorda-se da água fria banhando a sua cabeça, do toque da pemba macio e áspero, sulcando, abrindo canais mediúnicos e espirituais para o fortalecimento e abertura de seus canais mediúnicos. Ainda sente o coração descompassado pela novidade, pela indefinição do que aquele ritual guardava.

Para você que recém passou pelo seu ritual de quartinha, ainda sente o gosto do amaci, ainda sente o cheiro da erva quinada, ainda ouve o som da palha ao mover-se na sua esteira, ainda sente a expectativa do que está por vir.

A você que trabalha, ainda estão gravados em suas memórias o piso frio da primeira vez que tocou com o seu uniforme o chão do terreiro; a indefinição do que pensar ao bater a cabeça, que são experiências plenas de expectativas e de aprendizado que sedimentam na memória.

E lateralmente, concomitantemente a vida também traz experiências outras de dissabores, de aborrecimentos, decepções, mágoas; cabe ao ser humano selecionar onde colocará a importância, onde colocará a sua energia. Não pode um fato ou uma memória ter mais poder do que o Ori que a vive. O Ori é o dono e senhor da existência daquela pessoa. Aquela pessoa é aquele Ori e é ele quem decide onde está a importância e onde está o aprendizado, onde está o desgaste da energia, onde está a vaidade, onde está o ego inflado. É o Ori que decide. O Ori é mais importante que o próprio Orixá, pois é o Ori que aceita o Orixá que o abençoa. Nada pode ser feito sem a permissão do Ori. E o Ori acumula todas estas experiências e se fortalece na medida em que exercita tudo que lhe fortalece no caminho do bem, da justiça e da verdadeira beleza. Ele se fortalece e se encanta na medida em que se aproxima da amplitude da consciência.

Louvemos o Ori. O Ori nos acompanha mesmo depois do desenlace, dos laços corpóreos. O Ori faz de nós sermos quem realmente somos e dentro dele jazem todas as possibilidades de crescimento ou de retardo espiritual. Desenvolvam a consciência, a capacidade de vasculhar dentro de si as potencialidades que já têm para que fortalecendo, se abra espaço para as que estão por vir. Muitas vezes na expectativa de desenvolver habilidades esquecemos as que já temos e, tão ruim quanto usar mal as capacidades é não utilizá-las. O pecado é o mesmo, a inadequação, a incapacidade, a falta de uso, a ausência do posto de trabalho.

Que possamos fazer com que nossas memórias, as que nos fortalecem, nos ensinam, estejam sempre presentes na frente de todas as outras que não se apagam, mas que em ordem de importância do que realmente agrega valor à nossa existência, se coloquem remotamente, tão somente se mostrando, quando precisamos reconhecer aquilo que não precisamos ser, que façam parte da sombra tão necessária sendo reconhecidas como tal, mas jamais guiando a nossa existência.

Sejam o livre arbítrio e a consciência ampliada as molas propulsoras do progresso dentro do nível consciencial e de experiências que alcançamos. Não temos mais tempo para ficarmos na retaguarda alimentando sentimentos que existem, mas que não agregam. Vibremos com a harmonia, com o bem, vibremos com a amplitude, com o conhecimento de todos os cantos, os quadrantes que o Ori nos oferece.

Graças a Deus.