
Graças a Deus. Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde em que se reúnem em nome de Jesus para mais uma prática mediúnica através do nosso ritual.
Filhos buscando a sua sintonia ou já sintonizados com o ambiente, cada um a seu tempo, mas a intenção de todos é a de contato saudável com o mundo espiritual. Então que possamos, irmanados com a mesma intenção, seguir o nosso propósito para que a bandeira de Jesus seja perene sobre nós. Os que se colocam debaixo da bandeira de Jesus assumem um compromisso com ele, mas principalmente consigo, na busca da sua melhora íntima, na busca da sua reformulação.
Muitas vezes se banaliza o amor, como se banaliza a amizade, como se banaliza a tolerância, muitas palavras entram em moda entre vocês e acabam se esvaziando, porque se banaliza o seu uso, o seu significado. Então é importante que o cristão efetivamente que segue as diretrizes que Jesus deixou, que não é apenas o de utilizá-lo como ornamento de vossas joias, crucifixos de diamantes ou de rubis ou mesmos mais simples, mascarando a vaidade, de madeira, mas é importante entender que Jesus vai além do objeto material, é o significado que é importante e quando entendemos o significado da cruz não precisamos mais ostenta-la, porque nossas ações falam por si.
Jesus revolucionou com seu sacrifício o símbolo da cruz, martírio vergonhoso dos ladrões, dos que faltavam com a verdade, os que eram contra todas as leis, que não eram mais capazes de viver em sociedade. Este era o destino dos crucificados, a morte sem honras. Jesus passou pela morte sem honras, por todo seu trabalho realizado de amor, de dignidade, de trabalho ao próximo, de doação e passou pelo seu sacrifício e a sua presença, a sua aceitação transformou o símbolo da cruz em redenção. Então hoje cada um carrega a sua cruz, como diz o vosso ditado, cada um carrega a sua cruz, cada um tem o seu trabalho a realizar e se colocam nas casas e nos templos o símbolo da cruz, como símbolo de redenção. E muitos amam um homem em agonia, quando deveriam honrar o homem em atividade, quando deveriam colocar em vossos corações, em vossas palavras, dizeres em toda vossa essência, o Jesus já ressuscitado que ultrapassou os portais do sofrimento e da morte, um Jesus ainda lutador, jovem e empenhado em sua missão, mas o ser humano se agarra na dor. O ser humano gosta do sofrimento ou para dizer que sofre demais, apesar de tudo, ou também para martirizar-se encontrando um prazer doentio no sofrimento, de modo que ou nunca trabalha direito ou está ocupado sofrendo ou ocupado recebendo as atenções do mundo.
Quando Jesus nos conclama ao trabalho incessante e colocar-se debaixo da bandeira do Cristo é justamente isso, é assumir os valores cristãos do amar independentemente, da palavra que educa, da postura que contamina positivamente o ambiente. Das criaturas de Deus o ser humano é a mais complexa, cria cultura e tem linguagens e através da linguagem o homem exercita a sua personalidade. A linguagem pode demonstrar o vosso nível social, a linguagem pode demonstrar o vosso estado emocional, a linguagem quando acompanhada da emoção, dosada ou mascarada, pode induzir ao erro ou pode revelar verdades. É a capacidade da verbalização, um instrumento poderoso para que o ser humano espalhe a comunicação e se faça presente, é através da linguagem que se expressa. Então que possamos ter a consciência da linguagem que praticamos e com isso falamos de todos os tipos de linguagem, mesmos as não verbais.
Que saibamos entender o nosso papel no mundo, de sempre influenciar a tudo, assim como Jesus influenciou o mundo e segue influenciando, cada um de nós tem o poder, o condão de influenciar o ambiente e isso é poder, isso é responsabilidade. Que tenhamos essa consciência para que possamos ser realmente participantes ativos de modo que transformemos o mundo. Mesmo a falta de ação é poluente, o desânimo é poluente, mas também não sejamos arvorados do poder transformador do mundo, transformemos o nosso mundo interno e a sintonia que fazemos fará o seu trabalho e assumir a responsabilidade que temos pelo mundo que criamos e assim teremos o nosso papel bem exercido no mundo que Deus trouxe. Então que Jesus siga influenciando as pessoas, mas que as pessoas entendam o real papel de Jesus em suas vidas. Não é o Salvador que modificará a vossa vida, mas é o modelo a quem devemos nos moldar, seguir e copiar para que a nossa vida se resolva.
Não coloquemos nas Divindades, na figura de Jesus, aquele responsável pela modificação estrutural de nossa vida. É observando o exemplo de Jesus é que vamos modificando internamente as nossas estruturas e conseguimos chegar onde ele chegou. Ele já está lá nos aguardando , ele está aqui nos ensinando, mas é o nosso passo, é o nosso sim é que vamos fazer com que este Jesus, estas pessoas importantes de nossas vidas venham e nos ensinem, mas que a nossa vida seja vivida por nós, isso é que é importante. Porque é isso que depositaremos aos pés de nossa consciência, como vos disse, ao colocarmos debaixo da bandeira do Cristo assumimos uma responsabilidade com ele, mas também conosco. Essa sim é a nossa grande cobradora, nossa consciência, o tribunal do qual ninguém escapa, porque Deus perdoa, Jesus apascenta, reconhece nossas dificuldades, reconhece nossas limitações e sabe que podemos ir mais.
O tempo é inesgotável para os espíritos de grande luz. Sabem que temos todo o tempo da eternidade para lá chegar e é nossa responsabilidade apressar esse tempo, mas o juiz implacável, o que nos cobra, não é Deus, é a nossa consciência, que sabe onde erramos e que sabe que podemos ser melhor e essa não nos deixa em paz enquanto não cumprimos o nosso papel para com ela. Então as enfermidades mentais, as cobranças, as depressões, toda classe de enfermidades do mundo que vêm através da consciência e da permissão da mente é a nossa consciência nos cobrando em sua linguagem mais específica que é o sofrimento. Então Jesus nem Deus castigam ninguém, não perdoam porque não se ofendem, somos nós, espíritos pequenos, que nos cobramos a todo momento e que fazemos de nossa vida o nosso calvário particular. Aprendamos com os grande homens que o tempo é inesgotável, mas não façamos do tempo um item a ser desperdiçado, ele é valioso, é importante aproveitarmos o máximo dele, para que a vida e a encarnação valham a pena. O tempo que acabou de passar não volta mais, saibamos utilizá-lo.
Então que o tempo possa ser generoso conosco na medida em que somos dóceis ao tempo e a cada vez que nos lembramos que nos colocamos de boa vontade, de livre arbítrio, debaixo da bandeira cristã, o nosso compromisso é com Ele, mas principalmente conosco. Possa a nossa consciência ser um juiz ameno na medida em que seguimos aquilo que nos compete fazer.
Graças a Deus.