Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Exus do dia 25 de junho de 2022.


Graças a Deus.     

Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde em que se reúnem em nome de Jesus para vosso ritual semanal de exercício mediúnico e encontro com a espiritualidade através da religiosidade Umbandista. Que filhos sejam como se espera do ser humano; coerentes consigo, com vossas crenças, com vossos valores, com tudo aquilo que vão praticando ao longo da vida e que constrói a vossa identidade, porque uma das bases do equilíbrio emocional é ser quem realmente se é, reconhecer-se como realmente se é para que sendo fiel à nossa essência saibamos honrar a nossa trajetória, a nossa história, o nosso momento. Dizer sim àquilo que acreditamos como correto, dizer não àquilo que não nos convém e aprender a todo momento a reconstrução de si.  

No sermão da montanha diz o mestre Jesus: Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciadose segue o homem na busca da justiça, infelizmente deturpando justiça àquilo que convém apenas a mim. E se olharmos para a natureza entendemos que o senso e o exemplo de justiça se fazem pelo próprio sol que brilha a cada dia, mesmo nos dias nublados. Se põe, se deita, percorre o firmamento e se derrama em todo o mundo independente se se derrama no pântano ou na cidade, no deserto ou na mata, sobre homens ou sobre mulheres, crianças ou idosos, corretos ou não em sua vida. O sol se derrama, aproveita dele quem o deseja, esconde-se dele quem não o deseja. 

Assim deve ser o homem e a justiça que ele busca, porque o sol da justiça não pode brilhar apenas para mim e brilhar menos para o outro; ou brilhar para quem eu desejo e esconder-se de quem eu não gosto. O sol da justiça derrama-se igualmente para todos e este deve ser senso da justiça que a todos sacia, aquilo que faz bem e que convém a todos; mesmo que para mim naquele momento ele não seja agradável ele seguirá brilhando porque a ideia de Deus é que toda criatura seja banhada pelo seu amor, pela sua paz, pela sua justiça, pela sua presença e o homem que carrega em si a consciência que ora é um peso, ora é uma libertação, dependendo do uso que se faça da consciência, precisa entender que ele tem responsabilidades para consigo, para com seu semelhante, para com todos aqueles que cruzam a sua história. E a cada vez que falamos em justiça precisamos entender que primeiro vem o bem geral, depois o meu bem estar. Porque preciso servir, servir para sentir-me útil. Sentir-me parte da obra de Deus com consciência de quem sou. 

Os animais fazem parte da obra de Deus, operam seu papel, fazem o ciclo da natureza e da sua renovação. O homem precisa que a sua consciência o auxilie a encontrar o seu lugar na obra de Deus. Sendo responsável pelo mundo onde habita e pelo mundo que cria, pelas ações que pratica, pelo não que diz ou que não diz, pelas permissões que dá ou não e reconhecer-se responsável por tudo aquilo e aí sim encontrará em si a justiça que cabe a cada um segundo as suas obras. E a partir dai deixa de reclamar e busca as obras boas para que possa delas beneficiar-me porque sei do investimento que faço no meu próprio bem estar na medida em que ando dentro da lei, dentro daquilo que se espera de um ser humano, de um homem de bem.

Graças a Deus.