Sessão Caboclos do dia 08 de agosto de 2015.


Mensagem do Caboclo Sete Flechas em sessão Caboclos do dia 08 de agosto de 2015.

Graças a Deus, que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde de exercício mediúnico, onde os filhos buscam a sintonia com vossos mentores, onde recorrem à vossa casa religiosa para mergulharem em aprendizado através do exercício de vossa mediunidade de acordo com a diretriz cristã que rege vossa religiosidade.

A Umbanda é uma religião cristã, apesar de muitos umbandistas não compreenderem o que significa ser uma religião cristã, porque colocam um Jesus nos seus altares, mas não percebem que ao colocarem Jesus no seu altar no alto mais alto e carregarem um crucifixo consigo e verbalizarem seu nome, tudo isto requer um envolvimento e uma postura cristã que nem todo religioso tem, porque estar com Jesus requer o perdão incondicional, requer o tempo inteiro buscar ser exemplo, pois este foi o papel de Jesus e o ser humano ainda engatinha em seus sentimentos quando se fala em cristandade, porque o ainda o egoísmo grassa em vossos corações.

Por mais que os filhos tentem desenvolver o desprendimento em alguma área de vossas vidas, há sempre em um momento alguma ferida que o homem teima esconder e mascarar dizendo “eu ainda não estou preparado para isto” quando deveria dizer “eu não quero mexer nisto”. A espiritualidade vê isto com muito respeito, mas é chegado o momento em que o ser humano precisa observar-se e ver todas as capas com as quais se cobre e sob as quais se esconde e nestas, não raro, se esconde o orgulho. O orgulho que mascara sentimentos, que mascara comportamentos, mas que somente quando o ser humano se permite observar a si com toda a frieza necessária de quem estuda para a sua formação acadêmica; assim consegue separar o que realmente é seu, de bom e de ruim, o que foi ensinado de bom e de ruim e a partir daí pode selecionar o que lhe aprouver de acordo com seu adiantamento espiritual e sua vontade, para que possa mostrar-se quem realmente é.

Somente se permitindo esta observação, sem as capas com que o orgulho se esconde é que poderão aproximar-se da própria essência. Em vossos estudos os filhos comentam sobre o amor, sobre o respeito, sobre a mágoa; lembramos a vocês que efetivamente ninguém a amar ninguém, porque o amor não é uma obrigação; o amor é uma espontaneidade. Na medida em que o ser humano se desprende do orgulho e da vaidade, percebe que o amor é simples como tudo que é belo e duradouro. Quando o ser humano percebe que não há obrigatoriedade no amor, começa a perceber que todos os bons sentimentos e relacionamentos sadios iniciam-se pelo respeito. O ser humano primeiro necessita respeitar, conhecer para depois desenvolver aquilo que os filhos chamam de amor.

E o respeito ainda tem uma etapa anterior que é o reconhecimento. Os filhos só podem respeitar a autoridade que reconhecem; só podem respeitar um ser humano que reconhecem diferenciado de si, com valores e verdades diferentes das suas e, aí sim, inicia todo o processo de respeito e não necessariamente de concordar ou de amar.

É assim que também desenvolvem a mágoa, porque a mágoa é a tristeza em cima daquilo que não aconteceu; quando colocam expectativas que não se realizam; quando a pessoa não é aquilo que se espera; quando tal coisa não se transforma naquilo que se planejou, os filhos desenvolvem a tristeza da mágoa porque perderam o que nunca tiveram. Eis a definição mais próxima do sentimento da mágoa e da perda. Ao contrário, deveriam celebrar o momento do conhecimento, os bons momentos que tiveram e aí desenvolverão o respeito por aquilo que efetivamente conheceram.

A partir daí há um compromisso do ser humano em respeitar as diferenças, respeitar cada semelhante que convosco convive, desenvolver a capacidade do amor que é exercício diário e é capacidade inerente ao ser humano, mas que é aprendizado para poder, todos os dias, entender que  o amor que apregoam e tanto banalizaram vai além do amor de mãe e filho, vai além do amor entre irmãos, vai além do amor carnal, vai além de qualquer sentimento que o ser humano possa experimentar ainda envolvido nos mantos do orgulho e da vaidade.

Desprendam-se deles para que possam conhecer aquilo que tudo perdoa, tudo permite mas nem assim deixa de orientar, de fazer-se presente a até ausente na hora da educação do seu semelhante.

Graças a Deus.