Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Exus do dia 20 de maio de 2023.


Graças a Deus.

Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde em que se reúnem em nome de Jesus. Disse ele que a cada vez que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome, que ele estaria presente. 

Aqui estamos nós reunidos em nome de Jesus na expectativa de que nossa tarde seja frutífera. Frutífera em aprendizado e em trabalho.  Que possamos para isso estar imersos na gratidão para que ela abra as portas dos corações famintos de paz e que possa, através da porta que a gratidão abre, entrar todo remédio da alma para que possamos medicados seguir com nosso trabalho. Porque o ser humano, na estrada que caminha no mundo, sempre carrega um pouco de dor. Teme o passado, teme o presente e talvez tema o futuro. E essas dores fazem parte dele que precisa encontrar um modo de aplacá-la para que seja equilibrado em todos os seus momentos para que o desequilíbrio da mágoa, do apego excessivo às dores e ao passado não atrapalhem o crescimento do homem que nasceu para ser livre. Livrar-se das enfermidades do corpo e das enfermidades da alma porque a beleza da alma e a tranquilidade da mente é o destino de toda criatura. E na estrada que ela trilha ao longo do tempo várias são as oportunidades que encontra para que isso aconteça e muitas vezes perde pelo simples esquecimento da gratidão.

Em caminho para Jerusalém com sua comitiva, Jesus optou em passar pela Samaria. Local de pessoas estranhas e excluídas da sociedade judaica, local de enfermos, de leprosos. E passando por uma aldeia infectada de leprosos, 10 leprosos solicitaram ao mestre o alívio de sua doença. A resposta de Jesus foi: “Creiam em minhas palavras para que sejam salvos e caminhem em direção ao templo para mostrar sua cura ao sacerdote”, pois assim dizia a lei; somente um sacerdote poderia autenticar a cura de um enfermo, especialmente de um leproso. Jesus não curou os leprosos no momento em que pediram, mas disse: “creiam em minha palavra e se dirijam ao templo”. 

No caminho para o templo os 10 leprosos se curaram. Um deles voltou ao mestre e agradeceu a sua cura e Jesus perguntou “aonde estão os outros 9? Porque somente este samaritano teve o sentimento da gratidão? Para fazer valer a sua cura siga, pois, a sua fé o salvou”. 

E assim é o homem no mundo. Cada um de nós faz parte da comitiva dos 10 leprosos, cujo trabalho mediúnico é o caminho da cura. Ninguém está curado de suas dores. A cura se faz no trabalho. No caminho para o templo, no caminho para nos expormos à beleza da divindade.

E quantos neste caminho sanam algumas de suas dores; encontram respostas, mas seguem adiante sem qualquer lembrança de agradecer pela oportunidade do trabalho que têm ou de agradecer a quem o auxiliou. Percebam que Jesus seguiu mantendo a sua cura porque almas nobres buscam o trabalho assistencial. Não vão pelo caminho mais reto que seria natural para ir direto ao templo fazer seus afazeres, mas optou por passar pelo caminho onde havia necessitados.

Que saibamos reconhecer que nosso trabalho e estar no meio onde somos necessitados. E que saibamos com o nosso trabalho mitigar as nossas dores aprendendo com as dores alheias. E que saibamos agradecer diariamente a oportunidade que temos da autocura, do autoperdão, do autoamor. O equilíbrio nos alcança na medida em que permitimos que a gratidão saneie a nossa vida. 

Não importa o nosso passado de dor, não importa o nosso passado delituoso, não importa a ofensa que sofremos, elas tiveram o seu papel na abertura de nossa consciência, porque a dor ensina, nos desperta. Mas se formos carregar a dor a todo momento seremos eternos leprosos pedindo a cura que só vem com o trabalho e com a permissão do coração agradecido.

Que saibamos reconhecer a nossa necessidade constante de trabalho e de perdão e que tenhamos a gratidão como base sólida, alicerce da construção de nosso novo eu.

Graças a Deus.