Mensagem do Caboclo Sete Flechas em sessão de Mesa


Mensagem do Caboclo Sete Flechas em sessão de Mesa do dia 02 de julho de 2016.

Graças a Deus, paz e bem a todos os presentes.

Paz e luz a todos os que se reúnem em nome do profeta da Galileia;

Paz e conhecimento a todos os que buscam a evolução;

Paz e fraternidade a todos os que buscam trabalho sob a bandeira do cordeiro;

Paz e paz a todas as almas do planeta Terra.

Reunidos aqui estamos para recebermos orientações, para encontrar o caminho, para acender a luz que adormece dentro de cada um de nós. É o ser humano o próprio candeeiro que ilumina a estrada de sua existência. Apoia-se na luz que vê na religião, mas se não viver em si os ensinamentos não dará um passo, não caminhará um centímetro adiante se não esforçar-se para o seu crescimento.

Perguntaram a Sócrates[1] qual era a tarefa mais difícil para um ser humano realizar. Do alto de sua sabedoria o filósofo disse: “conhecer a si mesmo.” Conhecer os escaninhos de sua consciência, conhecer a obscuridade de sua mente, de seus desejos, de suas possibilidades. Não apenas conhecer, mas reconhecer-se nelas e encontrar nelas respeito. Degraus para se alcançar o amor.

Tudo hoje aqui falado, tudo hoje aqui vivido, no mundo das ideias, no mundo das hipóteses é belo, mas do lado de cá, do lado de quem observa a classe entabulando cálculos e teoremas aguardamos ansiosamente para que no mundo prático tudo isto seja possível; porque é exatamente no mundo prático que o conhecer a si mesmo se revela desafiante; desafiador. Ao olhar para dentro de si, espera o criador, que o homem goste do que vê, pois se foi feito à sua imagem e semelhança; dentro de si deverá encontrar a própria fagulha do criador. Passa que tal qual uma cebola e suas camadas, a viagem para dentro de si é o despir-se das várias camadas da dor, do egoísmo, da prepotência, do desconhecimento, do medo, as mágoas até chegarmos aonde realmente devemos chegar. Aquilo que a soberba oculta, aquilo que a vaidade escurece. Quando olhamos para dentro de nós e não gostamos do que vemos, é porque Ainda não olhamos com nitidez suficiente; é porque  a nossa vaidade ainda não nos permite descermos do palco que criamos para nós mesmos. Simples em sua essência o ser humano se complica na medida em que conhece o poder, conhece o conforto, que conhece as facilidades. Busquemos ser simples a todo o momento; pois é aí que reside a beleza que Deus tem dentro de si. É na simplicidade que encontramos as respostas mais objetivas. É na simplicidade que encontramos leveza para  o caminhar. É na simplicidade de olhar para si com caridade que conseguimos desvendar o grande mistério que é o conhecer a si tarefa das mais difíceis quando o orgulho, quando a vaidade se fazem presentes, encontraram ninho e criaram raízes.

Tal qual o exercício de despir-se para se ver, precisamos nos despir internamente de todas as capas que criamos para nos proteger para não sermos reconhecidos e com isto deixamos  de nos reconhecer. Aprendamos que sofrimento e alegria são faces de uma mesma moeda, são relativos. Aprendamos que cada um de nós encerra um mundo de conhecimento e de experiências. Aprendamos a não complicar. Aprendamos que quando o amor vence todos vencem.

Graças a Deus.

[1] Filósofo grego do período pré-cristão.