Mensagem do caboclo Sete Flechas em sessão de Boiadeiro no dia 01 de novembro de 2025.


Graças a Deus e que a paz de nosso senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde em que se reúnem em nome de Jesus.

E disse Jesus que a cada vez que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome que ele estaria presente. Seguem os seres humanos que se colocam debaixo da bandeira cristã, se reunindo, se congregando qual os antigos cristãos, revivendo, rememorando os ensinamentos de Jesus e vários são os emissários que vêm ao vosso mundo em nome de Jesus, mas também em nome de vários outros profetas que falam a mesma língua de Jesus. E em  todos eles, em sua base doutrinária, sempre encontraremos a prática do amor, do perdão.

Toda religiosidade ensina o cuidado para com o próximo, para com os indefesos, exercitando o amor que é a mola, a base de vosso mundo. É a base do universo aonde boia o vosso planeta e aonde boiam tantos outros mundos habitados. Tudo provém da mente universal, da primeira faísca de vida do universo, que é todo amor.

Todas as manifestações do mundo se manifestam por causa do amor de Deus. Muitas vezes o homem deturpa e adoece o amor de Deus. Um cientista dirá que uma fruta é o resultado do acúmulo de minerais e de líquidos com outros nutrientes que expostos ao sol e a temperatura adequada, a árvore produz, mas tudo isso são os reflexos, são o somatório do amor de Deus. Uma planta, uma flor que se abra, não são somente resultados de reações químicas, insumos, temperatura, luz e sombra. Na base de tudo isso está o amor de Deus. A natureza é a manifestação do amor de Deus e o homem que se torna sensível ao amor de Deus, torna-se sensível à natureza e mais ainda, torna-se sensível ao semelhante.

O ser humano é a criação máxima e mais complexa, seu organismo com sua miríade de detalhes, pequeníssimos ainda não reconhecidos pela ciência humana, complexos porque a mente que o criou, o criou com amor.

A máquina humana é uma manifestação do amor de Deus; daí a necessidade do ser humano honrar o seu corpo, honrar a matéria que habita para que possa honrar a sua origem, a sua estada no mundo, onde as sensações burilam a mente e o coração da criatura. Queremos dizer com isso que tudo que foi feito pelo amor de Deus, inclusive a máquina humana, e os próprios espíritos humanos, pois que tudo que vive, respira e pensa é obra do amor de Deus. Essa criaturas não foram feitas para o ódio, essas criaturas não foram feitas para a mágoa, para sentimentos que depauperam e tiram a energia do ser humano. Os corpos humanos e a mente humana precisam estar banhados e praticando o amor. Daí muitas vezes o cansaço, daí muitas vezes a depressão, daí muitas vezes a inadequação, porque estamos mergulhando os neurônios, o sistema nervoso, os músculos e ossos em sentimentos, em ações, que não condizem com aquilo para qual foram feitos.

O ser humano nasceu para que pudesse exercitar o amor e muitas vezes não compreende isso porque às vezes o seu egoísmo fala mais alto, a sua vaidade não permite ver além das aparências, sua visão é rasa, não se aprofunda nos meandros dos relacionamentos e na complexidade da vida. Quando permitimos que o amor flua, mas não é o amor raso e supérfluo que se deixa levar por qualquer elogio ou que simplesmente tropeça e deixa de ser amor. Não. É o amor que se refaz, que tem raízes, que segue abençoando independente de tudo e nas suas várias manifestações, que não necessita do toque físico, que não necessita do olhar para ser manifestado. Basta admitir a sua vibração e se envolver o seu magnetismo.

Então que possamos começar a entender que nossos corpos físicos e perispirituais não foram talhados para disseminarem energias lúgubres ou violentas, pelo contrário, precisamos estar sintonizados com o que for belo, justo, bom, amoroso, pleno e que nos alimente e nos faça em sintonia com o amor que faz os mundos flutuarem no universo infinito.

São exercícios que precisamos fazer diariamente e deixarmos para traz a pequenez dos sentimentos pequenos e mesquinhos que nos impedem de ver além do espelho em que miramos a nós mesmos.

Graças a Deus.